Rui Costa concedeu uma entrevista ao jornal Record, onde falou da última época, que terminou com a conquista do 37. Um dos pontos de viragem da temporada aconteceu com a chegada de Bruno Lage à equipa principal, nos primeiros dias de janeiro.

“Tenho vindo a dizer, em algumas declarações, que o Bruno superou as expectativas. Mas não o faço deixando subentendido que não esperávamos que fizesse bom trabalho. A verdade é que não esperávamos que estivesse tão pronto como se mostrou para fazer este trabalho excelente”, começou por dizer o administrador da SAD do Benfica.

“Quer as pessoas acreditem ou não, o Bruno convenceu-nos no primeiro dia, porque ficou logo vincado o que podia fazer. O primeiro discurso à equipa, o primeiro treino e a forma como os jogadores reagiram (e nós temos experiência de balneário suficiente para entender os sinais), foram impressionantes. Não restavam dúvidas: era ele o líder de que todos precisavam. Sentiu-se isso”, acrescentou.

Rui Costa garante ainda que a decisão de apostar sem reservas no técnico “durou menos de uma semana”. “Foi automática a convicção de que estava preparado não só em termos de qualidade técnica para ser um grande treinador, mas nas qualidades humanas para liderar uma equipa como o Benfica”, diz.

Questionado sobre o momento em que se tornou claro que a reconquista estava em marcha, Rui Costa não tem dúvidas. "Um dia depois de assumirmos o vínculo como definitivo, fomos para Guimarães, onde tínhamos dois jogos, para a Taça e para a Liga. Foi ali que iniciámos a caminhada para o título (...) Em Guimarães ele foi taxativo numa conversa com os jogadores: 'Aqui nasceu Portugal, aqui começa a nossa caminhada para o título'. Os jogadores acreditaram em tudo, nas palavras, nos métodos de trabalho e nas ideias que foi defendendo. Posso até fazer uma confidência: eu próprio saí daquele balneário convencidíssimo de que tínhamos então todas as condições para lá chegar."