O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, disse hoje estar surpreendido pela suspensão de Sérgio Conceição, no dia seguinte ao castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ao treinador.

“Não estava [à espera dessa punição]. Tenho aqui as imagens [do lance da expulsão em Mafra], que ainda agora me mandaram, mas é o que é”, comentou aos jornalistas o líder máximo dos ‘azuis e brancos’, no final da apresentação do livro “Óscar Cruz Trajeto de Vida”, decorrida ao início da tarde no Auditório Sardoeira Pinto, no Museu do FC Porto.

Sérgio Conceição, de 47 anos, foi suspenso por um encontro e multado em 4.080 euros, depois de ter sido expulso com cartão vermelho direto na terça-feira, aos 64 minutos da vitória (3-0) na casa do Mafra, da II Liga, para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.

A secção não profissional do órgão disciplinar federativo explicou, em comunicado, que o treinador do FC Porto foi expulso porque, segundo o relatório do árbitro Hélder Malheiro, “saiu da sua área técnica para pontapear com violência a bola que tinha saído pela linha lateral na direção dos painéis publicitários”, em “claro protesto por uma decisão tomada”.

O juiz do encontro revelou ainda que, dois minutos após a expulsão, apercebeu-se que Sérgio Conceição “estava no banco de suplentes” e alegava que “não o iria abandonar”.

“Dirigi-me a este para que abandonasse o banco, pois a partida tinha de recomeçar. Ele insistia que nada tinha feito para ser expulso e não iria abandonar, tendo saído apenas quando alertei o delegado do seu clube que se não saísse iria dar o jogo por terminado. Todo este episódio demorou mais dois minutos e 30 segundos”, referiu Hélder Malheiro.

O árbitro da associação de Lisboa relatou ainda que “entre a exibição do cartão vermelho e o técnico abandonar o banco de suplentes passaram quatro minutos e 30 segundos”.

Expulso nas provas nacionais pela 21.ª ocasião, 11 das quais como técnico do FC Porto, que comanda desde 2017/18, Sérgio Conceição falhará a visita de hoje ao Boavista, no dérbi portuense da 13.ª jornada da I Liga, última antes da paragem para o Mundial2022.

“Espero sempre o mesmo, que é ganhar”, desejou Jorge Nuno Pinto da Costa, acerca do embate entre o segundo e o nono classificados da prova, que vai arrancar às 20:30, no Estádio do Bessa, no Porto, com arbitragem de Luís Godinho, da associação de Braga.

O presidente do FC Porto aproveitou a ocasião para recordar o contribuo de Óscar Cruz, ex-vice-líder e diretor de obras e instalações dos ‘azuis e brancos’, cuja obra prefaciou.

“Em primeiro lugar, o Óscar cruz é meu amigo. Estou sempre disponível para os amigos. Depois, foi um colaborador muito importante e a alma do rebaixamento do [já demolido] Estádio [das Antas]. Toda a gente era contra na altura, mas foi uma coisa importante na vida do nosso clube, porque ganhar 20.000 lugares a mais permitiu-nos ter receitas que pagaram o empreendimento e deram capacidade financeira ao FC Porto”, concluiu.