O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol voltou a recorrer a uma especialista independente para analisar os lances mais polémicos da 21.ª jornada da I Liga de futebol. No relatório da ronda divulgado esta quinta-feira, David Elleray, o 'pai' do VAR, analisou os lances que suscitaram mais dúvidas na última ronda da I Liga.

O lance mais polémico aconteceu no Gil Vicente-Tondela e diz respeito à expulsão do central Rúben Fernandes, dos gilistas. Além da expulsão, o árbitro Manuel Mota assinalou grande penalidade contra os 'galos'. O VAR Luís Godinho não teve intervenção na jogada. Mas devia, como explica David Elleray, especialista em arbitragem.

"Devia ter havido intervenção do VAR uma vez que o árbitro cometeu um claro e óbvio erro em assinalar pontapé de penálti e expulsar o defesa. […] As imagens mostram que no momento do contacto o braço do defesa estava junto ao corpo, não aumentando a volumetria do corpo de forma não natural; não houve movimento do braço em direção à bola. Como tal, não houve infração de mão", justifica o antigo árbitro inglês.

Este foi um lance capital do jogo já que o Tondela venceu graças a essa grande penalidade, transformada por João Pedro.

Outro erro grosseiro foi cometido nos Açores, na vitória do Santa Clara por 3-0 sobre o Paços de Ferreira. A grande penalidade de Luther Singh por ter, alegadamente, jogado a bola com o braço/mão não devia ter sido assinalada.

"Intervenção incorreta do VAR, uma vez que o árbitro não cometeu nenhum claro e óbvio erro em não assinalar pontapé de penálti. A decisão final de assinalar pontapé de penálti foi incorreta. [...] As imagens não mostram qualquer evidência que a bola teve contacto com a mão/braço do defesa. Mesmo que houvesse contacto, a mão/braço estava junto ao corpo não aumentando a volumetria do corpo de forma não natural", analisou David Elleray.

O árbitro Manuel Mota marcou canto na jogada mas, alertado pelo VAR Rui Costa, foi rever a jogada e assinalou grande penalidade.

Depois de analisar dois erros claros, o especialista inglês em arbitragem analisou uma decisão correta, no Vitória de Guimarães-Boavista. Em causa a grande penalidade cometida pelo defesa Ricardo Mangas, dos axadrezados.

"Um remate atinge um defesa no braço/mão direita e o árbitro permite que o jogo prossiga e mais tarde interrompe para um pontapé livre. Depois de receber informação do VAR, o árbitro efetua uma revisão 'on-field review' e assinala pontapé de penálti. As imagens mostram que o defesa moveu o seu braço direito para cima e afastado do corpo na direção da bola. Intervenção correta do VAR uma vez que o árbitro cometeu um 'claro e óbvio erro' em não assinalar pontapé de penálti", esclarece David Elleray, o 'pai' do VAR.

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