- Rui Vitória não felicitou Sérgio Conceição pela conquista do campeonato nacional:

"Aquilo que se passou, e falando do caso do Rui Vitória, lembro-me do nosso jogo com o Benfica, onde houve um ou outro lance polémico, e na conferência de imprensa foi perguntado ao Rui Vitória se ele concordava com os lances, ele disse que não teve oportunidade de ver os lances e disse, algo do género, que não precisava de ver porque havia muitos aparelhos e muita gente. Quinze dias depois, na flash no final de um jogo na Luz, foi dizer que não e que poderíamos perder todo o tempo do mundo em ir ver se era ou não penálti, se era um lance duvidoso, e se era diferente da opinião que estava no VAR. Eu com isso, e assumo que não quis ofender, mas fui um bocadinho longe e na altura pedi desculpa por isso. E foi isto que se passou. No Estádio da Luz, no Benfica-FC Porto, fui ter com Rui Vitória para lhe dizer exatamente isso, e não foi por ter ganho. No jogo com o Estoril, dois meses antes, eu tinha falado com o empresário dele a passar-lhe a mensagem de que teria todo o gosto, no desfecho do campeonato, em ir jantar com ele e clarificar isso. Entretanto, depois do jogo, tive a oportunidade de lhe dizer isso na cara e ele não aceitou. A partir desse momento não há mais nada a dizer. Acho que ele foi coerente entre aquilo que era o sentimento dele e a mensagem dele. Quando as pessoas são coerentes, quando são honestas e quando realmente falam de coração, eu não tenho problema nenhum com isso”;

- Renovação do treinador com o FC Porto

“Tenho mais um ano de contrato e não penso nisso. O meu futuro é amanhã no FC Porto, tenho um relatório para apresentar, mas todos os profissionais do FC Porto nos diferentes departamentos estão sujeitos a cobiça, é perfeitamente normal. Acabei a época, tive o cuidado de ficar mais uns dias a trabalhar e, entretanto, ausentei-me do País. Voltei e ainda não tive oportunidade de estar com o presidente para falar dessas situações”;

- Gestão de um plantel que não vencia há quatro épocas

“Quando aqui entrei houve alguma dificuldade, os jogadores estavam algo descontentes pelos quatro anos de insucesso, havia emprestados que regressavam a mal com o clube, com os adeptos. Senti que havia vários jogadores com pedras nas costas, tais como o Marega e o Aboubakar, que são bons exemplos. Tive conversas com eles, que prefiro manter entre nós, mas houve a consciência mútua de que eu estava aqui para os ajudar e para mudar a página deles. Interiorizaram isso da melhor forma, comprometeram-se com o clube e com os adeptos e fizeram uma época fantástica”;

- Sérgio Conceição guarda títulos de jornais no balneário

Os títulos dos jornais do seguinte à gala Cosme Damião ainda estão no balneário, quando houve a convicção, por parte dos dirigentes e do treinador do Benfica, da conquista do campeonato. Isto não é uma crítica, era confiança da parte deles, estavam a jogar bem, a ganhar, é normal. Estávamos alerta sobre aquilo que era a força dos rivais, apenas isso. Penta do Benfica? Coincidia com o nosso campeonato, sinceramente, poucas ou nenhumas vezes disse no balneário que tínhamos de ser campeões porque o Benfica ia ser penta. Éramos a melhor equipa, a mais intensa e com melhor futebol";

- Agressões em Alcochete

"É o lado negro do futebol. Não tem qualificação possível. Sinceramente, isso é vandalismo. Não sei qualificar aquilo que foram os atos daquelas pessoas para com os profissionais do Sporting. Lamento profundamente aquilo que aconteceu. Aquilo não é futebol. Estou a pensar na família dos jogadores, das pessoas que trabalham no Sporting";

- O momento em que sentou Iker Casillas no banco de suplentes

"O Iker era importante que continuasse. O jogo de Leipzig depois de 15 dias de treino, porque houve jogadores que foram para a seleção e onde para mim o treino é importante. Os jogadores têm de ganhar confiança nos treinos e não jogar para ganhar confiança. São coisas diferentes. Eu acho que é a prestação, a seriedade e o profissionalismo têm de estar presentes todos os dias. Não quero dizer que o Iker não o tenha sido. Foi um momento menos bom e que tivemos de conversar depois de duas semanas. Ele entendeu aquilo que eu queria e optei pelo jogador que estava em melhor forma que era o José Sá. Entretanto quando senti que a equipa necessitava de alguém mais experiente e pela forma como o Iker estava a treinar. O futebol é o momento e naquele momento o Iker não merecia jogar. Saiu da equipa como outro jogador qualquer. Voltou a jogar quando eu achei que era superior ou que dava mais garantias que os outros guarda-redes."