A Liga Portugal esclareceu esta terça-feira as medidas propostas, em conjunto com o Sindicato de Jogadores, devido à situação dos contratos e dos salários dos jogadores durante a pandemia da COVID-19.

Em comunicado, o organismo presidido por Pedro Proença revela que estima perdas de "310 milhões de euros nas receitas previsionais imediatas", o que pode significar um "decréscimo de 60 por cento face aos 512 milhões de valor de receitas operacionais" em relação à época 18/19.

"Estando o mundo a viver uma situação absolutamente excecional, a Liga Portugal, à semelhança do que foram reuniões havidas e das quais resultaram em acordo entre Ligas e Sindicatos de Jogadores de vários países europeus, apresentou um conjunto de propostas ao SJ", pode ler-se na nota.

O Sindicato de Jogadores aceitou as seguintes medidas apresentadas: a prorrogação dos contratos de trabalho até término da época, considerando a sua duração até ao último jogo oficial de 2019/2020; a prorrogação dos contratos de empréstimo e cedência até término da época, considerando a sua duração até ao último jogo oficial de 2019/2020; parte do período de férias será definido por indicação dos clubes; e por último acordou que nenhuma destas medidas constitui justa causa de rescisão do contrato de trabalho desportivo.

Em sentido inverso, a Liga diz que o Sindicato não concordou com a celebração de acordos de redução salarial entre jogadores e clubes, assim como a atribuição aos dois organismos da responsabilidade de determinarem uma "redução percentual do salário anual dos jogadores" repercutido até ao final da presente época.

Deste modo, informa a Liga, "os clubes da Liga NOS e da LigaPro ficaram, a partir do momento em que não se viabilizou esta parte do acordo com o SJ, libertos para poderem lançar mão de todas as medidas especiais propostas pelo Governo, em concreto o Lay off ou outras medidas análogas previstas na Lei, bem como a liberdade para negociar livremente com os seus atletas".