A assembleia geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aprovou hoje por unanimidade o Relatório e Contas do exercício de 2019/20, que apresenta um resultado líquido de 1,260 milhões de euros, e ratificou o novo edifício sede.

Este foi o quinto ano consecutivo com resultados positivos – havendo a previsão de um sexto, como anunciado no Orçamento para 2020/21 –, e, de acordo com a LPFP, “o lucro apresentado ficou ligeiramente acima do projetado, apesar de uma época fortemente marcada pela covid-19”.

Os clubes presentes, e apenas o Marítimo e o Sporting da Covilhã não se fizeram representar, aprovaram ainda por unanimidade que o lucro da exploração comercial das competições, que se cifra em quase 105 mil euros, seja alocado para o reforço do Fundo de Contingência da covid-19.

Na reunião magna, o presidente da LPFP, Pedro Proença, apresentou o projeto daquele que será o futuro edifício sede do organismo, que nascerá em Ramalde, igualmente no Porto, e que nascerá em estreita colaboração com a Câmara Municipal do Porto.

A obra, com conclusão prevista para 2023 e com várias valências que o atual edifício não comporta, não mereceu qualquer voto contra por parte dos presidentes e representantes presentes, que validaram o início das obras, previstas para 2021.

Concluída a assembleia geral ordinária os presentes deram início a uma de caráter extraordinário, em que foi votado e aprovado, com efeitos imediatos, que os clubes possam inscrever excecionalmente até 30 jogadores no seu plantel sénior, para alargar o leque de opções face a um problema de covid-19.

A assembleia geral não chegou a abordar a questão relacionada com as habilitações dos treinadores, tema que será alvo de uma comissão jurídica, e decidiu deixar ainda um voto de pesar pelos antigos jogadores Dito e Jaime Alves, recentemente falecidos.

Pedro Proença lembrou ainda a proposta que já foi feita à Direção-Geral da Saúde (DGS), para a integração faseada de público nos estádios, que voltará a ser debatida na sexta-feira entre os dois organismos, durante a apresentação do plano de contingência para o Santa Clara-Gil Vicente.

O jogo nos Açores será o primeiro após a pandemia de covid-19, que, de uma forma geral ‘congelou’ a prática desportiva em março, a receber público nas bancadas, num teste que a LPFP pretende que sirva também para abrir os estádios do continente.

Nesse sentido, as sociedades desportivas decidiram subscrever uma declaração conjunta em que reclamam pelo fim da discriminação do futebol em relação às demais atividades económicas, solicitando o regresso imediato do público aos estádios.