O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, afirmou hoje que os vimaranenses, sétimos classificados da I Liga portuguesa de futebol, com 10 pontos após sete jornadas, já poderiam ter 15, se não fossem os erros de arbitragem.

Após a derrota caseira com o Feirense (1-0), na segunda ronda do campeonato, os vimaranenses prometeram avaliar as arbitragens aos jogos da equipa, de seis em seis jornadas, e, no primeiro balanço realizado, Júlio Mendes frisou que o Vitória deveria ter somado três pontos no embate com os 'fogaceiros' e mais dois no duelo com o Vitória de Setúbal (1-1), para a sexta jornada.

"O Vitória hoje devia ter mais cinco pontos do que os que tem. E se tivesse mais cinco pontos do que os que tem, teria exatamente os mesmos pontos do clube que está classificado no terceiro lugar [FC Porto]", realçou o dirigente na academia vitoriana, à margem de uma visita às 'escolinhas' do clube, com cerca de 150 crianças presentes.

O presidente vitoriano considerou que, no jogo com o Feirense, a equipa de arbitragem liderada por Hugo Miguel sonegou três penáltis à formação treinada por Luís Castro - duas cargas sobre o Florent, aos nove e aos 68 minutos, e uma rasteira a João Carlos Teixeira, aos 82, quando o embate estava ainda igualado a zero.

Acerca do duelo da sexta ronda, Júlio Mendes referiu que o canto que dá origem ao golo do empate sadino, marcado por Nuno Valente, aos 90+2 minutos, é antecedido de uma falta do extremo Valdu Tê sobre o lateral Sacko.

Por entender que "o resultado final traduziu a justiça do jogo", o responsável deixou de fora da exposição o encontro com o FC Porto, relativo à terceira jornada, em que os vimaranenses venceram por 3-2, apesar de va equipa de arbitragem liderada por Fábio Veríssimo ter validado aos 'dragões' um golo em fora de jogo.

O dirigente reiterou, portanto, que a avaliação às arbitragens em jogos do Vitória é, até agora, "negativa", já que os potenciais cinco pontos a mais poderiam fazer "toda a diferença", quer do ponto de vista anímico da equipa, quer a nível da "perceção que os adversários têm" acerca da qualidade do conjunto vitoriano.

Questionado ainda sobre a declaração de hoje do presidente do Sporting de Braga, António Salvador, a criticar o Conselho de Arbitragem da Federação por não ter repreendido um alegado golo em fora de jogo dos vitorianos frente ao Portimonense (3-2 para os algarvios, na quinta ronda), o dirigente frisou que o lance não teve influência no resultado e alegou que os bracarenses foram beneficiados na partida anterior, diante do Rio Ave (1-1).

"Não percebo o porquê dessa afirmação. Mas, se o faz, deveria primeiro olhar para dentro de portas e comentar o penálti que não foi marcado contra o Sporting de Braga, frente ao Rio Ave, e que até já deu lugar a uma reprimenda do CA aos responsáveis", disse.