José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola em que fez um balanço da utilização do videoárbitro nas primeiras 11 jornadas do campeonato.

Nesse sentido, Fontelas Gomes considera que o VAR, como qualquer outro projeto, precisa de tempo para evoluir e de "maior compreensão por parte dos clubes."

"Já houve erros que não foram detetados dentro daquilo que é o protocolo do videoárbitro, mas é como em tudo na vida. É um projeto que está a começar, estamos num período de testes durante esta época, iniciámos este projeto em tempo recorde, portanto é um projeto que tem de atingir a sua maturidade, que precisa de mais trabalho da nossa parte e de maior compreensão por parte dos clubes", disse.

O presidente do Conselho de Arbitragem adiantou ainda os clubes têm vindo a utilizar a arbitragem como "arma de arremesso" e que os juízes "estão fartos" do ambiente que se tem vivido no futebol português.

"Infelizmente, os clubes continuam a utilizar a arbitragem como arma de arremesso entre eles. A comunicação agressiva dos clubes atingiu um ponto que deve ser ponderado, analisado por parte dos clubes, porque pode ser um ponto sem retorno. E isso só prejudica o futebol português. Se esse clima não acalmar, não for ultrapassado, não existe tranquilidade em torno da arbitragem e obviamente cometem-se erros", acrescentou

 "O facto é que os árbitros estão fartos deste ambiente, o Conselho de Arbitragem está farto deste ambiente, acha que chegou ao limite e que isto não pode continuar. Os árbitros estão fartos de serem tratados como arma de arremesso", referiu.