O treinador do Paços de Ferreira, João Henriques, realçou hoje o facto de a permanência na I Liga de futebol depender somente do que a equipa fizer diante do Portimonense, encarando com "otimismo" a 38.ª e última jornada.

"O Paços tem a responsabilidade de depender apenas de si mesmo. Não precisamos de fazer contas algumas e apenas temos de ficar focados no nosso trabalho. É um fator positivo para irmos ultrapassando as adversidades durante o jogo. Sabemos que se vencermos o Portimonenses ficaremos na Liga. É com este pensamento, num ambiente bastante saudável e positivo, que encaramos esta última partida", disse João Henriques, a partir de Lagoa, no Algarve.

O técnico pacense fez a antevisão ao jogo de domingo em Portimão por videoconferência, repetindo o que acontecera antes da visita ao Estoril-Praia (1-1), e mostrou-se agradado por sentir que "toda a gente está com bastante otimismo perante a responsabilidade de manter o Paços na I Liga", deixando elogios aos algarvios.

"(Espero um) Portimonense à imagem do que foi no campeonato, uma equipa agressiva no processo ofensivo, que marca muitos golos, com um futebol positivo, que coloca muita gente na zona de finalização. Um Portimonense a fazer jus à ética desportiva, mantendo-se competitivo ate ao último minuto. Esperamos essa seriedade, uma equipa muito competente e bem orientada, que conseguiu a permanência para ficar sem esta pressão", sublinhou.

Para o Paços, o jogo em Portimão constitui a derradeira e decisiva oportunidade para garantir a permanência na principal liga portuguesa de futebol. João Henriques reconheceu as oportunidades desperdiçadas, sobretudo nos jogos em Paços de Ferreira, falando em "mera infelicidade e mérito dos adversários, nomeadamente dos guarda-redes".

"Sabemos que houve outras oportunidades que não soubemos aproveitar, quisemos, mas a história de cada um dos jogos foi outra. É a última oportunidade e está nas nossas mãos", afirmou, reiterando confiança num final feliz do Paços, no prolongamento de "duas semanas positivas" de preparação, que incluíram a receção ao Rio Ave (0-0).

Henriques lembrou "a extraordinária segunda parte" do Paços diante do Rio Ave, o primeiro classificado abaixo dos quatro primeiros, insistiu na ideia de que "os jogadores estão com confiança extrema nas suas capacidades" e garantiu "total empenho e dedicação" dos jogadores para com o clube e os cerca de 500 adeptos que devem marcar presença em Portimão.

"Os adeptos fazerem 600 km até ao Algarve, com um jogo às 18:00, para nos virem apoiar por duas horas, merecem o nosso empenho e dedicação. É importante sermos acarinhados como se estivéssemos em casa, para que, todos juntos, consigamos ter o Paços na I Liga", concluiu.

Mário Felgueiras e Quiñones estão lesionados e constituem as únicas ausências no plantel pacense para um jogo em que a vitória é a via direta (mas não a única) para a permanência.

O ‘aflito’ Paços de Ferreira, no 16.º lugar, com 30 pontos, mais um do que Estoril-Praia e Vitória de Setúbal, ambos em zona de descida, defronta o tranquilo Portimonense, 12.º, com 35, em Portimão, a partir das 18:00 de domingo, na 34.ª e última jornada da I Liga.