Jorge Jesus só deverá voltar ao ativo na próxima época. O técnico voltou este domingo a Portugal, depois da sua passagem pela Arábia Saudita onde treinou o Al-Hilal. À conversa com os jornalistas, o treinador confidenciou que não voltará a treinar esta temporada, a não ser que lhe apareça um projeto de uma equipa que quer ir à final da 'Champions'.

"Até final da época não treino ninguém. Portugal ou estrangeiro? Não sei o que vai suceder, mas claro que dava primazia a Portugal. Agora, se me aparece uma equipa que tem projeto de ir à final da Champions... Perdi identidade nestes últimos anos. Na Europa nem sabem que eu estava a treinar o Al Hilal. Acho eu", declarou o técnico, antes de explicar o porquê de ter deixado o Al-Hilal.

"Meteram na cabeça que eu tinha um compromisso em Portugal e que era por isso que não queria renovar. Se tenho? Zero, zero. Aceitei a ideia deles, mas eu queria estar na final em Abu Dhabi, porque eles vão à final. É uma final muito importante para os países árabes. Vão ganhar tudo. O Giovinco fui eu que pedi, é acima da média em qualquer parte do mundo", explicou.

Os árabes queriam que Jesus ficasse como consultor de futebol e projetar na Arábia Saudita. Uma "uma proposta interessante, não do ponto de vista desportivo", que o técnico rejeitou.

"Estive em dois grandes clubes com grandes academias, Sporting e Benfica. Tentaram convencer-me, ainda não assinei nada. Há uma cláusula em que eles querem que eu volte à Arábia Saudita por três vezes durante o ano e isso é impossível, porque eu vou estar a trabalhar", sublinhou.

Jesus só lamenta não ter ficado para levar o Al-Hilal ao título.

"Cá não se tem conhecimento do que é a Arábia Saudita, como eu não tinha. Os estádios têm 50 ou 60 mil pessoas a assistir aos jogos. Têm grandes jogadores e capacidade financeira. O Al Hilal vai ganhar tudo. Formámos uma equipa muito forte. Em Portugal discutia o título. Foi pena não chegar a maio, que era o que eu queria", confidenciou.