Depois do futebol europeu, pela UEFA e pelas Ligas Europeias e do futebol sul-americano, pela CONMEBOL, se ter colocado contra a realização de um Mundial de dois em dois anos,  é a vez o futebol português se juntar a uma só voz para mostrar a sua desaprovação à ideia.

Em comunicado assinado pela Federação Portuguesa de Futebol, pela Liga, pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, pela Associação Nacional de Árbitros de Futebol e pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, o futebol português "reprova a intenção da FIFA de aumentar a periodicidade da maior prova do mundo de Seleções".

Entre as razões que motivam esta tomada de posição estão a “sobrecarga dos calendários e a saúde física dos atletas, o impacto sobre a saúde mental dos jogadores, obrigados, neste formato, a fazerem duas concentrações anuais de várias semanas e a sobreposição de Jogos Olímpicos e Mundiais de futebol”.

Os diferentes organismos do futebol português apontam ainda para a “sobreposição de provas continentais e intercontinentais masculinas e femininas nos mesmos anos, o que retira impacto ao futebol feminino”, bem como a paragem competitiva de todos os campeonatos para um formato de qualificação concentrado, obrigando os clubes a ficarem sem competição durante mais de um mês seguido.

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Outros dos motivados apresentados são o aumento do risco de lesão em torneios concentrados de apuramento e fases finais, o impacto nas competições jovens de seleções, a “saturação do mercado de direitos televisivos e comercias”, bem como as consequências ao nível do emprego global de atletas de futebol, com “concentração nas provas mais mediáticas e consequente redução de clubes e calendários nacionais”.

No comunicado conjunto é também realçada a “inoportunidade”, lembrando que ainda não se disputou o primeiro Mundial alargado e com o novo formato de 48 seleções, que deverá acontecer pela primeira vez em 2026.

Em conclusão, os cinco organismos consideram que "resulta claro que não podemos ser favoráveis a que uma medida destas seja implementada e ainda menos como resultado de um processo de consulta inexistente".

A reação do futebol português surge dias depois da FIFA afirmar que a maioria dos adeptos apoiava a ideia do organismo, de realizar o Mundial de futebol de dois em dois anos, em vez dos atuais quatro.

*Artigo atualizado às 17h29

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