Depois de um mercado de transferências controlado e de ter terminado a janela com o quarto melhor saldo do futebol europeu, o FC Porto prepara-se agora para juntar 150 milhões de euros, provenientes dessa 'poupança' e do encaixe financeiro da Liga dos Campeões, para assim ficar mais descansado quanto à questão do fair-play financeiro.

Com o mercado de transferências, os dragões arrecadaram já 57 milhões de euros frutas das vendas de Fábio Silva para o Wolverhampton por 40 milhões de euros e Allex Telles para o Manchester United por 15 milhões de euros. Danilo, rende no imediato, quatro milhões de euros. Também Zé Luís (para o Lokomotiv de Moscovo por sete milhões), Tiquinho Soares (para o Tianjin Teda por 5,4 milhões), Osorio (para o Parma por 4 milhões) e Jorge Fernandes (para o Vitória SC por 250 mil) ajudaram o FC Porto a chegar aos 75,65 milhões de euros, menos 770 mil euros do que o Benfica alcançou.

Nessas contas não são contabilizadas os 20 milhões de euros que o clube irá receber no final desta época, por Vitinha, transferido para o Wolverhampton, e ainda os 16 milhões de euros que poderá receber por Danilo, se o médio conseguir determinados objetivos no PSG. Por isso, só em mercado, o FC Porto pode arrecadar mais de 90 milhões de euros.

A juntar a estes milhões, chegam ainda os da Liga dos Campeões. Só a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões garante aos cofres portistas 40 milhões de euros. Sendo que podem encher ainda mais os bolsos se chegarem, pelo menos, aos quartos-de-final, como aconteceu em 2018/2019, temporada em que arrecadaram 80,9 milhões de euros.

Além disso, Fernando Gomes admitiu que o clube tem "uma almofada de 22 milhões de euros". Assim, o FC Porto está no bom caminho para cumprir o acordo do fair-play financeiro e evitar castigos.

O FC Porto, recorde-se, é um dos clubes sob a alçada da UEFA, por incumprimento das regras do fair-play financeiro em 2015/2016, após acumular no final dessa campanha um prejuízo recorde de 58,4 milhões de euros.