O Benfica rejeitou hoje as acusações da Associação dos Jornalistas de Desporto, CNID, após ter recusado perguntas de um jornalista na terça-feira, pedindo “respeito” e defendendo-se com o direito a gerir conferências de imprensa.

“A gestão das conferências de imprensa é um direito que lhe assiste e cujo exercício é da sua exclusiva responsabilidade, não sendo obrigatório por regulamento a atribuição da palavra a todos os presentes na sala”, pode ler-se em comunicado.

A situação, de que o CNID fez queixa à UEFA e à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), ocorreu na conferência de imprensa de antevisão do jogo entre Inter Milão e Benfica, da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, na terça-feira, quando o assessor de imprensa recusou a um jornalista da TVI a possibilidade de colocar uma pergunta ao treinador Roger Schmidt.

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Os ‘encarnados’ lembram que “cumprem a lei” e pedem “equidade e respeito”, uma questão “válida para todos, naturalmente também para o CNID”, a quem criticam a falta de posicionamento contra outras situações, algumas das quais envolvem também a TVI e a CNN.

“Não há registo de indignação do CNID quando alguns decidem nem sequer cumprir os regulamentos, cancelar conferências e remeter-se ao silêncio, violando todas as regras da competição”, nota ainda o clube lisboeta, sem pormenorizar a crítica.

O CNID pronunciou-se contra o momento, em que “o assessor de imprensa do Benfica recusou sem razão a pergunta de um jornalista”, pode ler-se em comunicado.

“É incorreta, ilegal e desrespeitosa a atitude do Benfica, corporizada pelo assessor de Imprensa que estava na mesa ao lado do treinador Roger Schmidt, e segue por isso participação à UEFA e à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), de forma a que seja reposta a legalidade”, segundo a nota hoje divulgada.

Segundo aquele organismo, “esta situação acontece há várias semanas”, tendo desta feita sido público, e deixa um apelo “a que os clubes respeitem a lei e os órgãos de comunicação social”.