Foi preciso sofrer, mas o Benfica venceu o Chaves, em jogo da 27.ª jornada da Primeira Liga. E aguarda agora na liderança o resultado do confronto entre Estrela da Amadora e Sporting.

Se há algo que podemos tirar deste jogo é que o Benfica não quer nada com grandes penalidades... Foram três (sim, três) as vezes que os encarnados não conseguiram converter em golo. Mérito também para Hugo Souza que ergueu um muro na baliza flaviense.

Mas, João Neves voltou a ser a figura do encontro, desta feita com o golo que colocou os encarnados em vantagem na partida.

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Domínio encarnado e um penálti desperdiçado

No regresso do futebol de clubes, ao Estádio da Luz, Roger Schmidt relegou João Mário e Marcos Leonardo para o banco e promoveu Neres e Arthur Cabral ao onze inicial, se compararmos com a última jornada do campeonato frente ao Casa Pia. Também Tomás Araújo começa de início, devido à ausência de António Silva por acumulação de amarelos.

O Benfica entrou pressionante e foi mesmo a primeira equipa a criar perigo à passagem dos primeiros cinco minutos do encontro com um livre direto que obrigou Hugo Souza a uma grande defesa.

O Benfica ia criando mais oportunidades de perigo, mas o problema surgia no último terço em que ficava a faltar eficácia e, por vezes o próprio remate. Aos 12 minutos, foi Florentino que, de cabeça, não conseguiu dar a melhor direção à bola.

O primeiro sinal de perigo do Chaves surgiu aos 17 minutos, na sequência de um canto, com a equipa flaviense a atirar a bola por cima da baliza defendida por Trubin.

As águias tiveram uma grande oportunidade para inaugurar o marcador de grande penalidade, após uma cotovelada de Junior Pius a Bah na área, mas Di María acabou por permitir a defesa de Hugo Souza com um remate com pouca intensidade.

Os encarnados quiseram responder com o golo e, em cinco minutos, teve quatro oportunidades em que podia ter inaugurado o marcador. Duas pelos pés do extremo argentino, primeiro com um remate à malha lateral e, na sequência esteve perto de marcar de canto olímpico. Também Arthur Cabral, já na grande área do Chaves, acabou por atirar por cima da baliza flaviense e Florentino falhou o alvo por escassos centímetros.

O marcador não viria a mexer antes do intervalo e as duas equipas recolhiam aos balneários com o nulo a permanecer.

Benfica não quer nada com penáltis e João Neves vira herói

O Benfica voltou novamente pressionante na segunda-parte, mas continuava a falhar o golo. A primeira tentativa surgiu da cabeça de Tomás Araújo que acabou por atirar à figura. Ao minuto 54, confusão na área: Arthur Cabral acerta mal na bola, Hugo Souza defende para a frente e, Bah, com tudo para fazer golo, atirou por cima.

Quis o rumo do jogo que fosse assinalada nova grande penalidade na partida, desta vez, Arthur Cabral foi chamado para bater depois de um pisão de Junior Pius a Di María. Mas, mudou-se o batedor, mas manteve-se o protagonista: Hugo Souza defendeu nova grande penalidade.

O VAR voltou a intervir e mandou repetir a grande penalidade, uma vez que, o jogador do Chaves entrou na área antes do avançado brasileiro bater o lance de onze metros. Mas, nem à terceira foi de vez. Hugo Souza voltou a erguer um muro na baliza flaviense e manteve o nulo no marcador.

Mas, João Neves evitou um mal maior logo na jogada seguinte. Di María bateu o livre e, de costas para a baliza, o médio inaugurou o marcador da partida.

O Chaves ainda se mostrou no encontro, aos 84 minutos, por Jô Batista que cabeceou por cima da baliza de Trubin. Autêntico suspiro de alívio na Luz.

Mas, o ímpeto ofensivo continuava a pertencer aos encarnados e, novamente Hugo Souza nega o golo, com uma defesa apertada, a Marcos Leonardo. O avançado brasileiro ainda voltou a tentar o golo, já no tempo de compensação, com a bola a passar paralela à linha de golo.

Foi preciso sofrer, mas a verdade é que o Benfica leva mais três pontos na receção ao Chaves e mantém a pressão no rival Sporting, o próximo adversário.