Viktor Gyökeres não esquece os obstáculos que teve de ultrapassar para brilhar no Sporting em 2024/25. Em entrevista à SIC, o goleador leonino recordou a operação ao joelho feita ainda antes do arranque da época e garantiu que nunca se deixou abalar pelas críticas que surgiram na pré-temporada.

“Acho que até me chamaram gordo quando cheguei à primeira pré-época. Há sempre isso. Só tenho de me afirmar para dar boas manchetes”, afirmou, com ironia.

O internacional sueco falou também do nível de exigência do futebol português, onde os defesas “não são meigos”, e revelou que o golo frente ao Vitória de Guimarães (o 2-0) foi carregado de emoção pela iminência do bicampeonato.

Já sobre a saída de Rúben Amorim, admitiu que foi um momento delicado para o grupo: “Era algo que nós, enquanto jogadores, não queríamos. Estávamos a voar. Foi um momento triste, mas compreendemos a decisão. Não houve ressentimentos.”

Gyokeres reconheceu que foi difícil para João Pereira assumir a equipa numa fase em que “estava tudo a correr bem” e admite que a quebra de rendimento foi, em parte, mental. “Pode ter sido um desses períodos difíceis. Com Rui Borges, estávamos mais experientes nas mudanças. Adaptámo-nos melhor.”

O sueco apontou o jogo no Estádio da Luz como um momento-chave para recuperar confiança: “Estávamos prontos para provar o nosso valor. Talvez não tenhamos jogado como queríamos, mas foi um ponto importante. No jogo seguinte, fomos campeões.”

Com a final da Taça de Portugal no horizonte, o camisola 9 espera “um jogo parecido” ao que enfrentaram contra o Benfica.

Quanto à corrida pela Bota de Ouro, Gyokeres lidera, mas mantém os pés bem assentes na terra: “Tento não pensar nisso. Claro que se pudesse mudar as regras mudaria, mas não está nas minhas mãos.”

Já sobre o futuro, não fechou a porta a uma possível saída, embora sem pressa: “Vamos ver. O futebol é assim. Nunca se sabe o que vai acontecer. Prometo continuar a melhorar e a marcar golos.”