No prospecto enviado à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), e no qual confirma que precisa de 41 milhões de euros até abril, a SAD do Sporting identifica, também, os riscos associados à sociedade, para conhecimento dos potenciais investidores e acionistas.

Nesse documento, a administração de Frederico Varandas liderada destaca os processos Cashball e o do ataque à Academia de Alcochete, saltando à vista a menção ao facto de Bruno de Carvalho ter sido constituído arguido neste último.

"O procedimento criminal encontra-se na fase de instrução, tendo cerca de quatro dezenas dos referidos indivíduos, entre os quais um ex-funcionário da Sporting SAD, sido indiciados pela prática dos crimes de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência e sujeitos à medida de coação mais gravosa - a prisão preventiva. Adicionalmente, o anterior presidente do Conselho de Administração, dr. Bruno de Carvalho, foi igualmente constituído arguido", pode ler-se no documento enviado à CMVM, que salienta ainda o facto de "nem o Sporting, nem a SAD, nem qualquer membro dos respetivos órgãos sociais, com exceção do referido anterior presidente", serem arguidos em ambos os processos.

O clube de Alvalade reconhece que existem riscos mas sublinha ser impossível determinar as implicações: "À data deste prospeto não é possível antecipar os impactos desportivos ou económicos que este processo possa provocar no emitente."