Luís Filipe Vieira conta com apoios de peso na sua recandidatura à presidência do Sport Lisboa e Benfica: de acordo com a edição deste sábado do jornal 'Expresso', o Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina e o Primeiro-Ministro, António Costa, são dois dos nomes presentes na comissão de honra da candidatura do atual presidente do Benfica.

António Costa e Fernando Medina são dois dos nomes de uma extensa lista de figuras que apoiam a recandidatura, de várias áreas e quadrantes políticos nacionais.

O gabinete do primeiro-ministro, em declarações ao 'Expresso', realçou que o apoio é enquanto sócio do Benfica e não como líder do governo.

O PAN reagiu esta tarde com um comunicado enviado às redações, onde afirma que a presença de António Costa como apoiante da recandidatura de Luís Filipe Vieira é um gesto público que dá um "um certificado de honra" ao presidente do Benfica.

"Não haveria mal nenhum que Costa viesse a público defender a presunção de inocência de Luís Filipe Vieira, o problema é que com este gesto público de apoio inequívoco está a dar um certificado de honra, de credibilidade e de probidade a alguém que já deu várias provas de que não é merecedor de tal certificado", escreveu.

André Silva, líder do partido, recorda os casos recentes que aconteceram com a recandidatura de Pinto da Costa à presidência do FC Porto, onde contou com o Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira e o Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Gonçalves na sua lista para o Conselho Superior do Clube. Situações que o partido considera que "não são admissíveis do ponto de vista ético, porque abrem a porta a que o amor ao clube se possa sobrepor ao compromisso para com o interesse público, que deverá sempre nortear qualquer titular de um cargo político no exercício do cargo".

O partido recorda ainda os processos em que Vieira está envolvido para criticar o apoio de António Costa.

"(...) para além dos óbvios problemas éticos já assinalados, temos um posicionamento a favor de alguém que está a braços com a justiça em casos de corrupção, fraude fiscal, lavagem de dinheiro ou de recebimento indevido de vantagem, e que até aos prejuízos do Novo Banco e da Caixa Geral de Depósitos estará ligado", lê-se.

O PAN aguarda que António Costa regresse atrás na sua decisão que, de acordo com André Silva, "descredibiliza a política e afasta os cidadãos, a bem da transparência e da salvaguarda do interesse público".