Máquina destruidora, sem dó nem piedade. Foi assim o FC Porto no embate contra o V. Setúbal. Os azuis-e-brancos em aniversário da presidência de Pinto da Costa (36ª) dedicaram ode ao líder azul e branco e tiveram um primeiro quarto de hora de sonho.

Os portistas regressaram às goleadas, depois das vitórias gordas frente ao Rio Ave (5-0) na 23ª jornada no Dragão e do (1-5) imposto fora de portas, ao Portimonense, na 24ª jornada.

Frente a um adversário que tinha um péssimo registo fora de casa, Sérgio Conceição tal 'Quinito', meteu a carne toda no assador, apostando no melhor onze: Com a dupla Marega - Soares na frente de ataque e com os regressos ao onze de Corona e de Sérgio Oliveira.

Acutilante e muita forte sobre a bola, imagem de marca da equipa de Sérgio Conceição, os dragões resolveram o problema sadino em pouco mais de 15 minutos. Três disparos de Marega (6´), Marcano (12´) e Brahimi (16´) no porta-aviões de José Couceiro afundaram os visitantes. Nada de novo. Os azuis e brancos são a equipa que mais golos marca no primeiro quarto de hora. E vão 13 golos até ao momento nesse período do jogo. Sem querer correr riscos, os dragões arrumavam a questão bem cedo, não dando azo a eventuais surpresas no marcador.

Contra a corrente do jogo, o Vitória ainda tentou mostrar as garras, já que na primeira vez que foi à baliza, fez golo, por João Amaral. Mas este acabaria por ser um tiro pífio. Por breves minutos, Sérgio Conceição reponderou a estratégia, colocou algum gelo e mostrou-se atento à condição de Marega, que evidenciava algumas queixas.

Contudo, mesmo com a diminuição da marcha, os azuis e brancos ainda fizeram mais um golo antes do descanso, num remate de Corona que sofreu um desvio na muralha vitoriana e traiu Cristiano.

Ciente da necessidade de poupar o 'motor' de uma equipa que ainda tem três corridas pela frente, Sérgio Conceição refrescou no segundo tempo. Poupou Marega, Soares e Ricardo, três das pedras principais dos azuis e brancos. A equipa mudou os ritmos e as dinâmicas e entrou em gestão corrente até final.

Porém, ainda a tempo de Alex Telles fazer nova obra prima na marcação de um livre. O ataque portista voltou a alimentar o apetite do dragão, chegou aos 78 golos na I Liga e voltou a ser o melhor ataque do campeonato (um golo à frente do o Benfica), o melhor registo da equipa portista no século XXI. Já o Vitória sofreu cinco golos e acentuou o pior registo ao sofrer o 40º golo fora de casa.

Momento

Pressionado para chegar novamente à liderança, o melhor que podia acontecer ao FC Porto era marcar cedo. Marega logo aos 6´abriu as contas e a passadeira à goleada do FC Porto.

Marega

O FC Porto é uma coisa sem Marega e com Marega outra. A força atacante dos azuis e brancos deve muito ao maliano. Marcou e assistiu e enquanto esteve bem fisicamente deu muito trabalho aos sadinos.

Alex Telles

Excepcional a atacar, foi através de uma das suas incursões pela esquerda que surgiu o primeiro golo da partida, depois de ter trocado as voltas a um adversário. Marcou golo de forma sublime na marcação de um livre direto.

Marcano

Depois do penalti falhado em Alvalade, redimiu-se ao apontar um tento de belo efeito numa mini-bicicleta. Bastião na defesa, não deu veleidades aos atacantes sadinos.

Corona

De regresso ao onze, emprestou qualidade técnica ao ataque portista. Fez o gosto ao pé no quarto golo portista, num tiro que ainda sofre um desvio.

João Amaral

Acabou por ser o mais influente na equipa de José Couceiro. Tentou envolver-se no ataque e teve o prémio ao marcar golo no Dragão.

Piores

Cristiano

Mal no primeiro golo ao não segurar uma bola, voltou a não estar bem no golo de Marcano. Foi ainda traído por um remate de Corona que sofreu um desvio.

Reações

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