Com o regresso da Premier League garantido, o Liverpool está muito perto de quebrar o enguiço com 30 anos e sagrar-se novamente campeão inglês de futebol. No entanto, os festejos de um eventual título podem ser feitos longe de casa.

As autoridades inglesas consideram que alguns dos jogos devem ser realizados em estádios neutros, incluindo os encontros dos 'reds', um dos clubes com uma maior massa associativa, para evitar aglomerados de adeptos nos exteriores dos estádios.

A decisão ainda não é oficial, mas o presidente do clube já reagiu a essa possibilidade. "Há um vazio na vida de tantas pessoas. O futebol é fundamental para os seus sonhos e esperanças. Estávamos a jogar um futebol magnífico antes da paralisação e estamos apenas a alguns jogos da conquista do título. Mas estamos a viver uma situação terrível. Algum dia espero que haja uma vacina e podemos todos voltar a festejar no estádio com os adeptos, com as pessoas sentadas ao lado uma das outras. Mas isso parece distante neste momento", lamentou Tom Werner.

Há 30 anos, o Liverpool conquistou aquele que é o seu 18.º e ainda último cetro inglês, sendo que, então, esse registo valia a liderança do ‘ranking’, com o dobro dos títulos do segundo, o Arsenal, que somou o nono em 1988/89.

A equipa da cidade dos Beatles foi, entretanto, ultrapassada pelo Manchester United, que, sob o comando de Alex Ferguson, arrebatou 13 ‘canecos’ entre 1992/93 e 2012/13, passando a contar 20, mais dois do que os ‘reds’.

Depois de muitos anos a tentar, o Liverpool está, em 2019/20, muitíssimo perto de acabar com a ‘maldição’, após um percurso a roçar a perfeição, com 27 vitórias, um empate, em Old Trafford (1-1), e uma derrota, já à 28.ª ronda, em Watford (3-0).

O ‘onze’ de Klopp, que tem inclusive vários recordes na mira, totaliza 82 pontos, mais 25 do que o bicampeão em título Manchester City, de Pep Guardiola, que tem menos um jogo disputado e já só pode chegar aos 87.