Não foi apenas o Equador-Brasil o único jogo acidentado no apuramento sul-americano para o Mundial2022. O Chile-Argentina também teve os seus episódios caricatos, mais fora das quatro linhas que em campo.

Os jogadores argentinos queixaram-se da 'hospitalidade' dos chilenos, que tudo fizeram para vencer mas acabaram derrotados e em maus lençóis na luta pelo apuramento.

"Eles [Chile] nem sequer nos deixaram ir à casa de banho quando saímos do avião. Cortaram o ar condicionado, não tínhamos água e ligaram sirenes durante toda a nossa estadia. Eu não estou a dizer se é certo ou errado mas, enquanto argentino, sinto que temos o dever de tornar a estadia de cada equipa que dá entrada no nosso país o mais confortável possível. Ganhar só interessa dentro de campo", queixou-se Rodrigo De Paul, em declarações ao portal 'Goal. O médio jogou 71 minutos.

Antes do jogo começar, houve outro episódio caricato. Os árbitros assistentes Fabricio Vilarinho e Rodrigo Figueiredo, do Brasil, esqueceram-se das bandeirolas no hotel e só deram conta do sucedido no estádio, escreve o diário argentino 'Olé'. Tiveram de pedir a responsáveis da organização do jogo que fossem até ao hotel para buscar os objetos. Até la, a dupla brasileira teve de improvisar: usaram coletes refletores, normalmente utilizados em casos de sinalização rodoviária, para servir de bandeirolas. No segundo tempo, já tinham na sua posse as bandeirolas originais.

Nas ‘alturas’ de Calama, mais de 2.000 metros acima do nível mar, os chilenos acusaram a ausência do líder Arturo Vidal e somaram o segundo desaire consecutivo, depois de três vitórias de ‘rajada’ que tinham relançado as suas contas.

Após 15 de 18 jornadas, os chilenos seguem, provisoriamente, no sétimo lugar, com 16 pontos, a um de Colômbia (quinta) e Peru (sexto), que ainda não jogaram, três do Uruguai (quarto) e oito do Equador (terceiro).

Nos dois primeiros lugares, e já apurados, apesar de terem ambos um jogo em atraso – aquele entre ambos interrompido prematuramente -, estão o Brasil, com 36 pontos, e a Argentina, com 32, ambos sem qualquer derrota.

A Argentina está invicta na fase de qualificação, somando agora nove vitórias e cinco empates, e segue também numa série de 27 jogos sem perder (17 triunfos e 10 igualdades), desde o desaire por 2-0 com o Brasil, em 02 de julho de 2019.