André Villas Boas expressou a sua revolta para com a falta de civismo de algumas pessoas e com o que se passou na noite de quarta-feira em Paris, junto ao Parc des Princes, antes, durante e depois do encontro entre PSG e Dortmund, no qual a turma parisiense garantiu um lugar nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

As autoridades francesas, recorde-se, tinham determinado que o encontro seria jogado à porta fechada, decisão que a UEFA acatou e o encontro decorreu mesmo sem espctadores dentro do estádio. Porém, a polícia parisiense autorizou depois a presença de milhares de adeptos do PSG nas imediações do estádio. Com o triunfo dos atuais campeões franceses, seguiram-se momentos de eufóricos festejos por parte dos adeptos, captadas por fotógrafos e operadores de câmara presentes no local. Para Villas-Boas, a decisão da polícia e tudo o que se seguiu foi "um escândalo".

"Foi a polícia de Paris a autorizar aquilo. Na minha opinião, é absolutamente ridículo! Fica-se com uma grande primeira página [aludindo à capa desta quinta-feira do L'Équipe], mas isso não pode ser o mais importante. As nossas famílias têm de ser o mais importante. Imaginem quantos adeptos do Marselha terão agora vontade de fazer o mesmo durante o 'clássico' com o PSG [que deverá jogar-se à porta fechada]? É inacreditável que tal tenha sido permitido", lamentou.

O treinador português foi ainda mais além. "Para mim, é um escândalo. Para eles foi fantástico, uma grande celebração. Mas se pensarmos na nossa família e se alguém da for contagiado por alguém que tenha estado ali, no meio daquelas pessoas, a culpa será da polícia de Paris. Claro que eu sou um mero treinador, mas para mim é ridículo. Espero que tenhamos a responsabilidade de não fazer nada do género no Marselha-PSG. A competição não é  o mais importante. O mais importante é a nossa saúde, as nossas famílias. É essa a mensagem que temos de fazer passar, frisou.