O Benfica visita o terreno do Rangers amanhã, em jogo a contar para a 4.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa e Jorge Jesus faz por esta hora a antevisão à partida.

Análise ao Rangers: "O Rangers é equipa sobejamente conhecida, não só pelo Benfica, mas como pelo futebol português. No ano passado jogaram contra o SC Braga e o FC Porto. Mantém todos os seus créditos e valores, o treinador é o mesmo, os jogadores são os mesmos praticamente há três anos, que trabalham uma ideia de jogo agressiva, que não é fácil defensivamente de parar. Por isso é que, em casa, já fez trinta e tal golos. Nós, face à nossa organização defensiva e ao que conhecemos, estamos preparados para as dificuldades. mas também preparados para seremos fortes ofensivamente. Problema que também vai ser da responsabilidade do treinador e da equipa escocesa, quando o Benfica tiver posse de bola. tenho a certeza de que vai ser um jogo equilibrado. A forma como esta equipa joga é muito ofensiva, com muitos jogadores em cima da linha de quem defende".

Gabriel: "Tem características para ser médio defensivo de muita qualidade. É um jogador rápido. Quando a equipa precisa de velocidade posicional e organização defensiva, ele fá-lo, e com agressividade sobre o jogador que tem a posse de bola. Tem todas as qualidades para ser o primeiro médio e não o segundo médio. Esteve muito bem até mudarmos para alguma rotatividade e foi aí, quando comecei a modificar entre ele e Weigl, e não foi por outro motivo. Satisfez-me sempre o seu comportamento e o seu rendimento. Ainda não está no ponto, porque aquela posição é aquela onde eu mais exijo, técnica e taticamente. E ele tem essas características para ser um bom médio dentro do perfil que pretendo".

Favoritismo do Benfica na prova: "O Benfica é favorito em todas as competições onde está inserido, outra coisa é teres poder para chegar lá. O Benfica está a criar uma equipa para que essa hipótese passe a ser um facto. Ter uma equipa para disputar uma prova europeia é outra coisa. É possível mas leva mais tempo, os níveis competitivos são muitos maiores. Estamos a trabalhar para isso. Neste momento estou no Benfica. O treinador muda rapidamente. Estou tão ou mais interessado em conquistar títulos como aqueles que eu conquistei no Brasil."

Ausência de público: "Não há vantagem de jogar sem adeptos. Todos os jogadores querem jogar com adeptos. Acho que a qualidade do futebol piorou em todo o mundo. São os mesmos jogadores e treinadores. O ambiente dos adeptos obriga a uma paixão muito grande para se entregarem ao jogo. É como se fosses para o teatro e o cenário atrás não está lá. Não é a mesma coisa. O futebol sem adeptos não tem sumo nem paixão."

Com tantas ausências, tem dúvidas sobre o onze? "Tirei as dúvidas todas que tinha. Tivemos mais tempo para trabalhar no jogo com o Rangers e hoje acabei por tirá-las, não tenho dúvidas quem vou lançar, sabendo que não tenho tantas soluções. Contando com Samaris, que não está inscrito, tenho oito jogadores de fora. As opções são menos, e quando são menos é muito mais fácil trabalhar e muito mais fácil para o treinador. É o que não queria. Queria estar aqui com muitas dificuldades em escolher o onze. Assim não tenho duvidas praticamente nenhumas."