O SC Braga somou uma vitória suada no arranque da fase de liga da Liga Europa. No final da partida, Carlos Carvalhal, no seu 800.º jogo como treinador, reconheceu que a sua equipa teve de sofrer muito e nem sempre esteve bem, mas deu tudo o que tinha e acabou por merecer o triunfo.

"Foi uma vitória no meu jogo 800, a vida de um treinador é de sofrimento e tinha de ser com sofrimento, foi na raça. Muita vontade dos jogadores. No início mais ou menos com dificuldades, o adversário acelerou e criou problemas, num deles marcou. Era previsível que jogassem assim. Depois encostámos o adversário atrás, arriscámos. O João é um lateral-central, Roger e Vítor a fazerem corredor... Tivemos felicidade, temos de o dizer, mas foi felicidade procurada. Os jogadores foram ao limite, foram estoicos e conseguimos", começou por dizer.

"Numa equipa que quer ganhar muito, em casa, e não consegue marcar, é normal que apareça alguma descrença. Mas quando se chega ao golo, tudo abre e parece que funciona melhor", explicou.

"Temos o Vítor Carvalho e não o Zalazar e o Moutinho de fora. Ficámos reduzidos nas opções. São limitações que temos no início. Ainda bem que entrámos a vencer na Liga Europa, com as opções todas será mais tranquilo e até lá vamos sofrer um bocadinho. Saíram os que valiam 40 e tal golos e os que entraram precisam de adaptação, vinham da segunda divisão de Espanha, de França... Quando chegámos também ninguém conhecia Al Musrati, Roger, Vitinha, e no final estavam supervalorizados. Vai acontecer o mesmo, há um trajeto, mas não é fácil. A vida não tem sido fácil para mim. Vamos meter a carne toda no assador, como dizia o Quinito", terminou.

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