Josep Martínez, guarda-redes espanhol do Génova que passou pelo Leipzig, concedeu uma entrevista ao jornal Marca onde foi convidado a antever o embate da antiga equipa com o Real Madrid, a contar para a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Enquanto confesso adepto do Valência, abordou o jogo no Mestalla com os madrilenos que gerou uma enorme polémica, no ano passado, devido a cânticos racistas contra Vinícius Júnior.

“Tenho muitos amigos que são adeptos do Valência e que não estão de acordo com o que muitos lhe gritaram [a Vinícius Jr.] no ano passado. É compreensível que ele estivesse um pouco chateado, mas uns poucos não representam a massa adepta do Valência. O caso de Vinícius é algo parecido ao que acontecia com Cristiano, que gostava de provocar o adversário. Mas, às vezes, a melhor forma de provocar os rivais é estar bem em campo, que é o que fez Vinícius com os seus golos”, explicou o guardião.

E por falar em polémicas no Mestalla, Martínez abordou também a do último fim de semana, em que o árbitro da partida deu o apito final um segundo antes da bola cabeceada por Bellingham entrar na baliza do Valência, o que seria o 3-2 e significaria o triunfo dos madrilenos,

“Concordo com a maioria das pessoas. Não entendo porque é que Gil Manzano avisou que apitaria para o final após o canto e depois deixou seguir a jogada. Enganou-se completamente no ‘timing’. Posso entender a fúria do Madrid, ainda que não tenha favorecido nenhuma das equipas”, assumiu.

Já sobre o embate de hoje, entre Real Madrid e Leipzig, Josep Martínez sabe da dificuldade de jogar no Bernabéu, mas acredita que o Leipzig com a bola pode ser uma equipa muito perigosa. “O Bernabéu, com público e na Champions, é um campo muito difícil para qualquer um. Ainda assim, o Madrid terá de oferecer a sua melhor versão, porque vai enfrentar uma equipa com muita personalidade, que não tem medo de ninguém e quer a bola. Se lhe derem uma oportunidade, o Leipzig pode causar muito dano”, avisou o guarda-redes espanhol.