O Sporting saiu de Eindhoven com um empate a uma bola, em jogo da segunda jornada da Liga dos Campeões. Os neerlandeses dominaram a primeira parte, mas na segunda parte Amorim fez entrar Bragança, e o médio acabou por ser decisivo, garantindo um importante ponto para os leões.

Leão prova do próprio veneno

Para esta partida, Rúben Amorim mexeu em apenas duas peças relativamente à equipa que começou o jogo diante do Estoril. Gonçalo Inácio regressou ao trio de centrais, por troca com o lesionado Matheus Reis, e Geovany Quenda regressou à titularidade, por troca com Maxi Araújo; esta alteração levou o jovem para o corredor direito e Geny Catamo para o trio ofensivo, ao lado de Trincão e Gyokeres.

Com Morita e Hjulmand muito marcados, os leões mostraram algumas dificuldades para construir desde a sua zona mais recuada, sendo obrigado por vezes a lançamentos longos à procura de Gyokeres, que ia travando um duelo muito particular com Flamingo.

Tal como se esperava, os primeiros minutos foram marcados pelo equilíbrio, com os neerlandeses a terem mais bola; tal clima foi interrompido aos 14 minutos quando um mau passe de Inácio permitiu a Til entrar na área e a rematar, para boa defesa de Israel.

Contudo, o guardião uruguaio nada pode fazer para travar o grande remate de Schouten, que roubou a bola a Catamo em zona perigosa e inaugurou o marcador.

Os neerlandeses mantinham a pressão alta e a agressividade sobre a equipa portuguesa, que continuava com muitas dificuldades para desenhar jogadas de ataque, quase sempre travadas em falta à nascença.

E como se as coisas não estivessem complicadas o suficiente, depois da meia-hora Rúben Amorim foi obrigado a tirar o lesionado Diomande, lançando Eduardo Quaresma para o seu lugar.

O Sporting ia tentando fugir à pressão do adversário, muito graças às iniciativas de Quenda, o único capaz de causar desiquilíbrios do lado dos campeões nacionais, mas sem que tal se tenha traduzido em oportunidades. Os leões chegavam pela primeira vez ao intervalo em branco e em desvantagem.

De Bragança a Eindhoven

Na segunda parte esperava-se um leão diferente, contundo a primeira grande oportunidade foi do PSV, com Til a aparecer sozinho na área, mas a atirar por cima. Vendo que o jogo parecia manter-se na mesma toada da primeira parte, Amorim resolveu trocar Catamo por Daniel Bragança.

Mas quem ameaçava era a equipa da casa; De Jong falhou o segundo golo de forma clamorosa, quando tirou Inácio do caminho, mas falhou na cara de Israel.

Mas com o avançar do relógio percebeu-se que a alteração fez efeito, e o Sporting conseguia agora ter mais bola e chegar mais vezes junto da baliza de Benítez, contudo, a equipa de Alvalade não conseguia definir bem as jogadas, falhando muito na altura do último passe.

E quando não era o último passe, era puro e simples infortúnio; Eduardo Quaresma isolou-se e, na altura de finalizar, escorregou e perdeu a melhor oportunidade de golo dos leões em todo o jogo.

Para os minutos finais, Amorim fez entrar Maxi e Harder para os lugares de Nuno Santos e Trincão, o avançado dinamarquês teve uma oportunidade, mas o remate saiu fraco, isto depois de Bakayoko já ter falhado um golo feito, após falha de Quaresma.

Quem não falhou foi mesmo Bragança; 83 minutos e um cruzamento de Maxi encontra Bragança no coração da área que desviou para o golo do empate.

Até final o Sporting conseguiu aguentar a igualdade, tendo ainda beneficiado de um bom remate de Harder, que obrigou Benítez a boa defesa. Os leões garantem assim um ponto importante para a luta pela qualificação para a próxima fase da Liga dos Campeões.