Com uns 30 minutos a roçar a perfeição no primeiro tempo, Portugal embalou para uma goleada de 4-0 à Suíça, na segunda  jornada do Grupo A2 da Liga das Nações em futebol. Em Alvalade, a seleção nacional deu espetáculo, com quatro golos (e mais alguns falhados), numa grande exibição, principalmente na primeira parte. William Carvalho marcou, Cristiano Ronaldo bisou, Cancelo também fez o 'gosto ao pé'.

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Seis foram as alterações feitas por Fernando Santos, em relação à equipa que empatou em Sevilha com Espanha a uma bola na última quinta-feira. Rui Patrício, Nuno Mendes, William Carvalho, Rúben Neves, Cristiano Ronaldo e Diogo Jota foram titulares diante dos helvéticos que contavam com o benfiquista Seferovic no onze.

E foi precisamente Seferovic a 'gelar' Alvalade aos seis minutos, ao colocar a bola no fundo das redes. Mas neste futebol de VAR, nada é garantido. Os helvéticos virama festa acabar cedo, quando o VAR Bastian Dankert descobriu uma mão de Schar antes de a bola sobrar para Seferovic.

Meia hora à Portugal

A verdade é que os primeiros minutos foram dos suíços, com muito futebol a escoar pelo corredor direito, onde Stefen tinha a companhia de Shaqiri, que, a jogar como '10', descaía nesse flanco onde se sente mais à-vontade. Mbabu, um lateral muito ofensivo, subia muito no seu flanco, dando assim muito trabalho a Nuno Mendes e William, o médio que fechava nesse flanco. Danilo também foi chamado muitas vezes para ajudar os dois colegas na direita.

Aos poucos Portugal foi tomando conta do jogo, a colocar mais paciência na circulação da bola. E os espaços começaram a aparecer. Aos 15 minutos, Otávio aproveitou uma combinação pela zona central, perfurou por aí e sofreu falta de Schaar. Cristiano Ronaldo disparou, Kobel soltou a bola para os pés de William Carvalho que empurrou para o 1-0. Explosão de alegria em Alvalade, num ambiente fantástico, que fervia ao ritmo da batucada por detrás de uma das balizas.

Portugal tinha descoberto o caminho para a baliza de Kobel. A defesa alta da Suíça começou a sofrer com os movimentos de rutura dos médios, mas também dos laterais, principalmente a direita, onde estavam Otávio e João Cancelo. Num desses movimentos aos 32 minutos, Otávio apareceu solto na área, demorou na decisão e, quando rematou, atirou contra as pernas de um defensor. Aos 32, o mesmo movimento, com Diogo Jota a deixar em Ronaldo que serviu Otávio para um remate para fora.

E parecia que Portugal tinha descoberto petróleo no lado direito da Suíça. Aos 35, nova bola em profundidade, Bruno Fernandes fez um esforço para centrar para Diogo Jota que amorteceu para o disparo de Cristiano Ronaldo. 2-0 e o 'Siiii' vindo das bancadas.

Quatro minutos depois, bis do capitão. Nuno Mendes furou na esquerda, centrou para Diogo Jota, que recebeu e rematou, Kobel defendeu para os pés de Ronaldo que só teve de encostar.

Entre o 2-0 e o 3-0, Portugal tinha criado duas soberanas oportunidades. Primeiro por Diogo Jota, mais uma vez a atacar o espaço deixado pela defesa alta da Suíça, mas a demorar muito na decisão antes de atirar contra as pernas de Mbabu. Na sequência do canto batido por William, Pepe atirou ao poste. A bola andou a cheirar golo, perto da linha mas acabou por ser afastada.

Com a Suíça perdida em campo, Cristiano Ronaldo teve nos pés duas grandes oportunidades antes do intervalo, mas falhou. Primeiro a encostar para fora um centro de João Cancelo, quando Alvalade já festejava o hat-trick do capitão. Depois aos 48, após combinação com Diogo Jota. Duas perdidas incríveis de um jogador que não costuma falhar.

Gerir e 'matar' em contra-ataque

O segundo tempo trouxe um Portugal mais retraído, a jogar com o resultado mas também com o cansaço, normal nestas alturas, ainda por cima numa fase em que a seleção vai fazer quatro jogos em 11 dias. Portugal passou a jogar em transição, mas continuava a criar situações de golo.

Aos 48, Cristiano Ronaldo rematou para fora, após boa combinação com Diogo Jota. Aos 51, meteu a bola na baliza mas estava fora de jogo, numa das mais belas jogadas do encontro. Tudo muito bem feito, desde detrás, numa transição rápida, envolvendo Otávio, Bruno Fernandes e o capitão.

O selecionador suíço, Murat Yakin, tentou resgatar a sua equipa, com as entradas de Okafor e Embolo, e depois Remo Freuler, Mattia Bottani e Mario Gavranovic nos lugares de Djibril Sow, Renato Steffen, Xherdan Shaqiri, Ricardo Rodriguez e Seferovic.

Do lado português, Fernando Santos fez entrar Bernardo Silva, Ricardo Horta, Rafael Leão, João Palhinha e Matheus Nunes nos lugares de Bruno Fernandes, Diogo Jota, Otávio, Ruben Neves e William Carvalho.

Os helvéticos pouco ganharam com as mexidas, já que sofreram o 4-0 aos 68 minutos, por João Cancelo. Bernardo Silva combinou com o lateral direito, Cancelo saiu disparado para a área, tirou o guardião Kobel da frente e atirou para a baliza deserta. Tudo fácil para Portugal.

O 5-0 podia ter chegado aos 82 minutos. Arrancada fantástica de Nuno Mendes pela esquerda, a passar por vários adversários antes de sofrer falta. O árbitro israelita Orel Grinfeeld assinou penálti mas, alertado pelo VAR, corrigiu a sua decisão e marcou livre direto. A falta foi cometida no limite da área. Na marcação, Bruno Fernandes atirou por cima.

No outro jogo do grupo, a Espanha conseguiu evitar a derrota diante da Chéquia, ao marcar nos descontos o 2-2 final. O empate deixa Portugal e os checos na liderança, com quatro pontos cada, contra dois da Espanha e zero da Suíça, que soma duas derrotas.

Na próxima quinta-feira, Portugal recebe aqui em Alvalade os checos, num duelo pelo primeiro posto.  De recordar que só o vencedor do grupo avança para a final-four da Liga das Nações.

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