Marcelino Toral foi demitido do comando técnico do Valência na passada terça-feira, uma demissão inesperada que indignou os próprios jogadores do emblema ‘Che’.

Três dias depois, o técnico espanhol abordou o assunto numa conferência de imprensa. Toral considerou esta sexta-feira, que a vitória da Taça do Rei frente ao Barcelona (2-1) foi o inicio do fim do seu percurso no Valência.

“Estou seguro, absolutamente, que o detonador desta situação foi a Taça. Durante a temporada recebemos mensagens diretas e indiretas de que teríamos de deixar cair a Taça. Os adeptos queriam lutar pela Taça. Os jogadores também. Tinham a convicção que podíamos ganhar. O corpo técnico também tinha essa convicção e queria vencer-la. Ganha-la foi o início desta situação”, explicou o técnico.

Marcelino acrescentou ainda que os proprietários deram mais importância à classificação para a Champions do que à Taça.

“Não recebemos nenhuma felicitação do proprietário [Peter Lim] em Sevilha [local da final da Taça do Rei]. Quando me encontrei com ele em Singapura felicitou-me pela Champions e não pela taça”, adicionou.

A destituição nunca passou pela cabeça do técnico que durante o verão recebeu a total confiança do dono do clube.

“Nunca pensei que tivesse sido demitido. Quando me deram a noticia, não acreditei. A 19 de julho, o dono disse-me que havia total confiança no nosso trabalho. Como é que podia pensar que ia ser demitido, depois de me dizerem isto?”, questionou.

Depois do afastamento do Valência, Marcelino Toral vai tirar um ano sabático para recuperar da situação.

“Agora vou dar um passo atrás e descansar uma época”, concluiu.

O Valência, agora comandado por Albert Celades, segue em 13.º lugar, após três jornadas, com uma vitória (com o Maiorca), um empate (com a Real Sociedad) e uma derrota (com o Celta de Vigo).