A imprensa espanhola dá conta esta terça-feira que José Mourinho já terá chegado a acordo com a Justiça espanhola para encerrar o processo de investigação no qual é acusado de defraudar o Estado no valor de 3,3 milhões de euros, valor referente a impostos provenientes da exploração dos direitos de imagem.

Segundo o jornal 'El Mundo', o agora treinador do Manchester United aceitou dar-se como culpado de dois crimes fiscais, referente aos anos de 2011 e 2012, período durante o qual orientou o Real Madrid. O acordo deverá ser oficializado nos próximos dias.

De acordo com a mesma fonte, Mourinho terá admitido que não só usou um paraíso fiscal - a Koper Services, S.A., empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas - para "tornar opacas as receitas provenientes dos seus direitos de imagem", como também de ter declarado dados "que não correspondem à verdade".

O acordo com a Justiça espanhola condena o português a um ano de prisão com pena suspensa (seis meses por cada delito fiscal) e ao pagamento de uma multa de 1,98 milhões de euros, o equivalente a 60% do valor defraudado.

O valor é residual uma vez que, quando teve conhecimento de que estaria a ser investigado, em 2014, José Mourinho procedeu ao pagamento voluntário de 4,4 milhões de euros, referentes ao valor defraudado, às multas e aos respetivos juros.