O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, demitiu-se na noite desta terça-feira da presidência do clube blaugrana, assim como toda a direção ‘blaugrana’.

"Apresento-me para anunciar a minha demissão e a do resto do conselho de administração. É uma decisão considerada por todos. Esta manhã recebi a resposta do Governo da Generalitat (Catalunha), que reitera não haver impedimentos jurídicos para celebrar o voto de censura. Isto significa que se exige a descentralização do voto e não mencionam a nossa proposta de ter 15 dias de margem para poder garantir as medidas de segurança necessárias”, informou Josep Maria Bartomeu, na conferência convocada de urgência.

No início do mês, a oposição a Josep Maria Bartomeu reuniu as assinaturas necessárias para apresentar uma moção de censura à gestão do clube, mas o dirigente recusou submeter-se a essa mesma moção e decidiu sair do cargo.

Josep Maria Bartomeu esperava que Generalidade da Catalunha impedisse a votação da moção devido à COVID-19, mas, quando soube que tal não estava planeado, preferiu demitir-se da presidência do clube.

A contestação a Bartomeu aumentou em agosto, depois da derrota por 8-2 frente ao Bayern Munique, nos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, num jogo disputado em Lisboa, e agudizou-se, pouco depois, com a ameaça de saída do futebolista argentino Lionel Messi, que não chegou a concretizar-se.

A moção, a terceira da história do FC Barcelona, já tinha recebido o apoio dos pré-candidatos às eleições de 2021 - Jordi Farré, Víctor Font e Lluís Fernández Alà – e de vários grupos de adeptos do clube.

A direção presidida por Bartomeu, que assumiu a liderança do clube catalão em janeiro de 2014, sucedendo a Sandro Rossel, agora será dirigida por uma comissão de gestão, a cargo de Carles Tusquets, presidente da comissão estatutária económica do clube, sendo que terá de convocar eleições no prazo máximo de três meses, assim que os seus membros tomem posse.

*Artigo atualizado às 20h56