Os quatro jogadores dos escalões de formação do Real Madrid, acusados de divulgar um vídeo de cariz sexual de uma menor de idade, vão responder em tribunal no dia 08 de novembro.

No passado dia 14 de setembro, quatro jovens do Real Madrid, que jogam nas equipas B e ainda nos escalões de formação, foram detidos por gravarem e divulgarem um vídeo sexual com uma menor de idade. Na altura a notícia avançada pelo jornal 'El Confidencial' dizia que outros jogadores poderiam estar implicados, inclusive atletas da equipa principal dos merengues.

Os suspeitos, cujos nomes não foram revelados, foram presos na manhã do dia 14, na cidade desportiva do Real Madrid em Valdebebas e transportados para uma esquadra onde foram interrogados e depois libertados.

O Real Madrid emitiu um comunicado onde confirmou as detenções.

"O Real Madrid comunica que teve conhecimento de que um jogador da Castilla (equipa B) e três jogadores do Real Madrid C prestaram declarações na Guardia Civil espanhola num caso relacionado com uma suposta difusão de um vídeo privado via WatsApp. Quando tiver conhecimentos mais detalhados sobre o caso, o clube adoptará as medidas oportunas", pode-se ler no comunicado dos merengues.

Diz o 'El Confidencial' que a mãe da menor de 16 anos apresentou uma denúncia contra os suspeitos, no dia 06 de setembro. Um dos detidos terá gravado um vídeo sexual com a sua filha, que depois terá difundido por mais pessoas.

"Divulgar imagens sexuais sem consentimento também é violência sexual e assim reconhece a Lei 'só sim é sim'. A Espanha disse #Acabou. Temos a obrigação de não olhar para o outro lado e garantir todos os direitos a todas as mulheres. Todo meu apoio à vítima e sua família", escreveu na rede social X (antigo Twitter) a ministra da Igualdade espanhola, Irene Montero.

As detenções ocorrem pouco menos de um mês após o escândalo provocado pelo beijo forçado do ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales na jogadora Jenni Hermoso, durante a cerimônia de entrega de medalhas depois da final do Campeonato do Mundo de futebol feminino.

Pelo episódio, Rubiales foi suspenso provisoriamente pela FIFA e acabou por renunciar à presidência da RFEF.