Ezequiel Garay recorreu às redes sociais para esclarecer a sua situação no Valência, considerando que há pessoas no clube que "têm a intenção de desacreditá-lo como profissional e como pessoa".

Num comunicado lido num vídeo de 12 minutos na sua conta de Instagram, o ex-Benfica aponta à "campanha difamatória" por parte do emblema 'che', numa altura em que o defesa está em final de contrato e a recuperar de lesão, não tendo recebido abordagens concretas para a renovação.

"Dá-me muita pena chegar a este ponto, mas vejo-me obrigado a fazê-lo devido à campanha de desprestígio que está a ser feita contra a minha pessoa; e não me refiro à comunicação social. Refiro-me às pessoas do meu clube que pelos vistos têm a intenção de me desacreditar como profissional e como pessoa", começou por dizer Garay, antes de esclarecer "todas as mentiras que saíram" sobre a renovação.

O central considera que toda a polémica se gerou quando saiu a público que havia recusado uma proposta de 2,7 milhões de euros líquidos, algo que diz ser "falso, já que dá a entender que não quero ficar neste clube".

Garay explica depois todo o processo de renovação. "Em agosto começam a surgir instabilidades no clube como o caso Marcelino [Toral]. A 19 de agosto, dada a situação, estava muito desanimado e preferi que as águas acalmassem e deixei claro que queria ficar além desta época, renovar. Fica tudo parado até 13 de novembro, altura em que uma pessoa do clube, Jorge López [diretor técnico da equipa], contacta-me comigo e eu digo que sim. Fez-me uma oferta verbal inferior à publicada. Chegámos a um acordo verbal, à espera do contrato. A 7 de janeiro, na Arábia Saudita e apenas à espera do contrato, um responsável do clube pede-me que vá à casa do presidente e, na conversa em questão, mudam as condições acordadas. Nessa altura, começaram conversas para outro acordo. A minha intenção era renovar. Estas novas conversas produzem-se com César Sanchez [diretor do futebol do clube], de quem nunca recebi uma nova oferta, nem a negociação da anterior. Fica tudo parado e a 1 de fevereiro lesiono-me e sou operado ao joelho. Celades [treinador] e César deixam claro que têm intenção que eu renove, mas até hoje não recebi nenhuma oferta. Foi o que aconteceu", argumentou.

"Dói ver estas coisas quando estão a prejudicar os que amas, a minha família... Custa-me ver os meus filhos pequenos perguntarem-me 'por que é que estás triste papá?'. Estou muito triste pelo que estão a fazer-me. É fácil acreditar nas mentiras. Mas as verdades, infelizmente, têm de ser provadas e justificadas", termina.