A Juventus não vai marcar presença na próxima edição da Internacional Champions Cup nos Estados Unidos da América. Escreve o jornal norte-americano 'New York Times' que, na base desta decisão, está Cristiano Ronaldo e o alegado caso de violação a norte-americana Kathryn Mayorga.

De acordo com aquele jornal, os organizadores da prova optaram por não incluir a 'Vecchia Signora' na prova nos EUA, por considerar que a presença da equipa italiana iria colocar o português em risco. Caso pise solo norte-americano, Cristiano Ronaldo corre sérios riscos de ser detido, devido à investigação da alegada violação em Las Vegas do qual o português é alvo.

Por isso, a formação campeã de Itália irá participar na versão asiática da competição (China ou Singapura), que contará com o Tottenham e o Manchester United. Os italianos confirmaram a sua participação na prova mas sem revelar datas.

O Benfica é o único clube português convidado para esta prova de pré-época, que reúne os principais emblemas do futebol mundial.

O caso da alegada violação de Cristiano Ronaldo

Kathryn Mayorga, agora professora com 35 anos e na altura aspirante a modelo, apresentou queixa em finais de setembro de 2018  num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.

A queixosa alega que naquela data foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.

A suposta vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal – no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro.

O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, a 28 de setembro de 2018, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso - a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.

Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325 mil euros (375 mil dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.

Como resposta, a equipa jurídica que defende Ronaldo já anunciou o pedido de “indemnização por danos morais num valor correspondente à gravidade da infração, que é, provavelmente, uma das mais sérias violações de direitos pessoais nos últimos anos”.

Em comunicado, os advogados do futebolista classificam a informação como “flagrantemente ilegal” com a agravante de “violar os direitos pessoais” do avançado madeirense de uma “forma excecionalmente grave”.