Em entrevista ao 'Globo Esporte', Talisca falou sobre o impacto que Jorge Jesus teve na sua carreira, depois de ter ajustado a sua posição em campo quando chegou ao Benfica.

"Foi o mister Jorge Jesus que fez essa mudança na minha posição. Jogava um pouco mais atrás no Bahia. Avancei um pouco no Bahia, ele viu, mas no Benfica mudou-me realmente de posição. Eu finalizo muito bem, tenho muita sensibilidade para fazer golo. Tudo isso fez muita diferença na minha carreira. Foi um separar de águas para o meu crescimento, na verdade."

O brasileiro, atualmente colega de CR7 no Al Nassr, ainda explicou que é um grande objetivo seu regressar à seleção brasileira, onde já foi convocado por duas vezes, em 2014 e 2018, apesar de nunca ter jogado.

"Acho que é um objetivo para o qual eu já estava a caminhar. O apelo social estava muito grande, as pessoas que acompanham, todo o mundo do desporto. A Arábia Saudita já não é dúvida para ninguém. Dentro do futebol asiático é um país que tem o futebol mais forte. Em termos de qualidade, intensidade, mudou muito. Creio que, na conceção das pessoas, mudou 100 por cento em relação a isso. Não vai ser mais um empecilho para ir à seleção brasileira, poder conquistar esses objetivos. A lesão atrapalhou sim, sabia algumas coisas. Nós sentimos também. Mas também não reclamamos, Deus sabe de tudo. Vamos para a frente.

Sobre o fim de carreira, Talisca sabe que será no Brasil e até revela o clube ideal para pendurar as chuteiras.

Só se o City [Football Group] ou o Bahia não quiserem. Mas voltar para o Brasil agora não é o meu objetivo, até porque a minha carreira está muito organizada, bem estruturada, dez anos fora do Brasil. Uma carreira muito sólida, mantive um padrão muito alto de rendimento. [...] Mas encerrar [a carreira] no Bahia é algo que já está planeado."