Gianluca Vialli, antigo internacional italiano que brilhou, sobretudo, ao serviço de Sampdória, Juventus e Chelsea, faleceu esta sexta-feira um hospital em Londres, aos 58 anos. Vialli lutava há já algum tempo contra uma doença oncológica. A confirmação da morte do antigo jogador foi dada na manhã desta sexta-feira pela Federação italiana de futebol (FIGC).

"Um minuto de silêncio vai ser feito em sua memória, antes de todos os jogos programados para o fim de semana", informa a FIGC, em comunicado.

Nos últimos tempos, Vialli tinha desempenhado as funções de chefe de delegação da seleção italiana de futebol, posição que ocupava aquando da conquista do EURO2020 por parte da Itália, mas havia recentemente suspendido as suas funções devido à doença.

Vialli lidava desde 2018 com um cancro no pâncreas, que revelou ter debelado em 2020. Porém, a doença regressou e, desta feita, Vialli não conseguiu resistir.

Internacional italiano por 59 ocasiões (apontou 16 golos pela Squadra Azzurra e brilhou no Mundial 1990, disputado no seu país natal), Vialli iniciou a carreira na Cremonese, mas foi depois de se transferir para a Sampdoria, em 1984, que começou a afirmar-se como um dos melhores avançados do futebol italiano das duas últimas décadas do século XX.

No clube de Génova (na altura ainda com muito cabelo) alinhou ao lado de nomes como Roberto Mancini, Pietro Vierchowod, Kantanec ou Attilio Lombardo, conquistando três Taças de Itália, uma Serie A e uma Taça das Taças, para além de ter chegado à final da Taça dos Campeões Europeus em 1991/92, perdida no prolongamento para o Barcelona.

Rumou, depois, à Juventus a troco de um valor recorde para a época e em Turim (onde passaria a ser reconhecido de imediato por todos os adeptos e amantes do futebol pela sua 'careca') fez parceria no ataque com nomes como Roberto Baggio, Del Piero e Fabrizio Ravanelli. Pela Juve conquistou (ao lado do português Paulo Sousa) uma Liga dos Campeões, tendo erguido ainda uma Taça UEFA, mais uma Serie A e mais uma Taça de Itália.

Em 1995/96 experimentou outras paragens e mudou-se para o Chelsea, onde pouco depois de chegar assumiu mesmo o cargo de treinador-jogador. Aí conquistou uma Taça das Taças, uma Taça de Inglaterra, uma Taça da Liga inglesa e uma Supertaça Europeia antes de pendurar as chuteiras, em 1999, continuando contudo a orientar a formação londrina até 2001.

Só treinou mais uma equipa e sem êxito assinalável: o Watford, em 2002.

Em 2019, o amigo e selecionador Roberto Mancini chamou-o para desempenhar a função de chefe de delegação da seleção nacional, na qual viveu o último grande momento profissional, a conquista do Euro2020, no qual a Itália venceu a anfitriã Inglaterra na final, no desempate por grandes penalidades.

“Temos uma relação que vai para lá da simples amizade. Ele é como um irmão para mim”, revelou Mancini durante o torneio, recuperando uma expressão que ficou desde os tempos de jogadores da Sampdoria, em que eram conhecidos como os ‘gemelli del gol’ (gémeos do golo).

Ao todo, na sua carreira de jogador, marcou 275 golos em 733 jogos oficiais.