A diretora da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Mónica Jorge afirmou hoje que o plano estratégico para a modalidade feminino tem “dado frutos”, no dia em que Portugal alcançou a melhor posição de sempre no ranking FIFA (30.º).

“A aplicação do plano estratégico tem dado os seus frutos. Houve um aumento do número de praticantes e no nível de sucesso das seleções. Isto tudo aconteceu devido ao trabalho feito nas associações, clubes e federação”, disse Mónica Jorge, em declarações à Lusa.

A antiga selecionadora nacional, que tem agora a ‘pasta’ do futebol feminino na direção da federação, considerou que o crescimento tem sido feito “devagar, mas sustentado” e que isso garantirá, no futuro, “ainda mais competitividade e mais qualidade”.

“Não é fácil manter o ranking. A nível europeu e mundial, o futebol feminino está em crescimento. Temos o nosso plano de desenvolvimento. Queremos manter a qualidade e aumentar número de praticantes. Queremos que todos os clubes de futebol tenham equipas femininas”, referiu.

Após ter terminado o ano de 2018 em 32.º lugar, o desempenho na Algarve Cup, que contou com um triunfo sobre a Suécia, nona classificada, impulsionou a quinta subida consecutiva em outros tantos trimestres.

Num ranking que continua a ser liderado pelos Estados Unidos, a equipa comandada pelo selecionador Francisco Neto totaliza 1.668 pontos, a apenas um do 29.º lugar, ocupado pela República Checa, e a oito do 28.º, da Polónia.

Tendo como referência apenas seleções europeias, Portugal é a 19.ª melhor colocada entre as representantes da UEFA.

Segundo a Federação Portuguesa de Futebol, os últimos 10 anos mostraram uma evolução de 35% na hierarquia da FIFA e de 25% nos últimos três, com o crescimento do futebol feminino no país a notar-se também na média anual.

Se em 2015 Portugal era 40.º, essa posição média, que calcula o valor das tabelas trimestrais combinadas, subiu ligeiramente para 38.º em 2016 e 2017, antes de ‘dar um salto’ para 33.º em 2018 e melhorar ainda três postos na entrada em 2019.