O Sindicato dos Jogadores manifestou hoje “repudio” pelos “atos de violência e vandalismo” perpetrados na terça-feira contra futebolistas da Associação Desportiva Ovarense (ADO), igualmente vítimas de racismo.

“Face aos acontecimentos relatados pela imprensa, após denúncia feita pela empresa Brasil Soccer Academy nas redes sociais, acerca dos atos de violência e vandalismo que visaram, em particular, dois jogadores da Ovarense, o Sindicato dos Jogadores repudia este episódio que, independentemente das motivações, é intolerável”, refere o organismo.

Segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP), quatro homens, todos de nacionalidade estrangeira, que se encontravam no interior de uma residência, terão sido confrontados por um grupo de oito homens, os quais lhes tinham arrombado a porta principal, proferindo ameaças contra os mesmos e exibindo armas brancas.

A empresa Brasil Soccer Academy disse que os agressores “entraram na casa armados com facas, barras de ferro e outros tipos de armas brancas e atentaram contra a vida dos que estavam no local, com gritos e insultos racistas”.

“Tendo sido feitos contactos para apurar com maior detalhe o sucedido e estando os jogadores visados a ser acompanhados e em segurança, após apresentação de queixa-crime, o Sindicato dos Jogadores confia nas autoridades policiais para identificação e responsabilização dos envolvidos”, conclui o sindicato dos jogadores, em curto comunicado.

A ADO já tinha reagido ao facto de alegadamente alguns dos agressores serem adeptos do clube, reforçando que todas as pessoas que praticarem atos racistas, xenófobos ou discriminatórios “jamais terão as portas do clube abertas”.

“Mais do que simplesmente nos demarcarmos de indivíduos que não poderão nunca, sob este cenário, reclamar para si a condição de nossos adeptos, enquanto instituição queremos participar e ser uma voz ativa no combate a todo o tipo de episódios desta natureza”, refere a Ovarense, que espera ver feita “justiça de forma tão célere quanto possível”.

Os suspeitos, que se colocaram em fuga, danificaram a porta e um vidro de uma janela da referida residência. Não se verificaram ferimentos em qualquer um dos lesados, sendo que, segundo a empresa brasileira, um refugiou-se num quarto e os outros três fugiram pela porta das traseiras, ficando escondidas na mata até ao nascer do dia.

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