Abel Ferreira está a gerar polémica no Brasil, isto após os comentários feitos em conferência de imprensa na passada quinta-feira após a vitória do Palmeiras diante do Atlético Clube Goianiense.

Após o jogo, o treinador português começou por explicar um pouco da organização do seu sistema tático utilizado na partida, mais propriamente no que diz respeito ao equilíbrio da sua equipa.

"O Aníbal tem uma dinâmica muito boa e por isso queríamos muito esse jogador. A direção não o conseguiu trazer quando precisávamos, porque não dava. Foi quando nós conseguimos e ainda bem em boa hora que nós o trouxemos. Eu diria que ele é o equilíbrio, o pêndulo da nossa equipa. Dá confiança para que aqueles quatro, cinco, seis possam chegar à área, e ele com o Vitor (Reis) hoje e o Gómez, e o Rocha ou Mayke, possam equilibrar a equipa a dar liberdade aos da frente para atacar", começou por dizer Abel.

O problema chegou depois, quando Abel acabou por utilizar a expressão 'índios' como referência a um eventual estado de desorganização dos seus jogadores.

"Porque isso não é uma equipa de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e por a equipa a jogar", acrescentou.

Estas palavras prometem ser alvo de muita controvérsia; com efeito, o site 'globoesporte' termina o seu artigo relativamente a estas declarações referindo a Lei do Racismo que, no sistema legal brasileiro, que afirma que "serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional"