Joaquim Evangelista admitiu hoje que a sua reeleição para um novo mandato na presidência do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) “corresponde ao reconhecimento do trabalho feito e à dedicação aos atletas”.

“Agradeço o voto de renovação de confiança nesta equipa, que é transversal ao futebol português e isso também tem relevância. Isto não significará nenhum afrouxamento na nossa ação. Pelo contrário, iremos redobrar o esforço, até porque temos consciência do momento que estamos a viver”, vincou o líder sindical, em declarações à agência Lusa.

A lista A, liderada por Joaquim Evangelista, recebeu 521 votos (98%), contra 10 da lista B (2%), encabeçada pelo futebolista luso-guineense Ibraim Cassamá, anunciou hoje o reeleito presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG), João Nogueira da Rocha.

“Perante a pandemia, a crise económica e a ganância dos clubes, demonstrada agora com esta proposta de criação de uma Superliga europeia, temos de dar uma reposta social. A responsabilidade dos líderes é maior nestas circunstâncias”, acrescentou o advogado, reeleito na quarta-feira, em sufrágio realizado na sede do SJPF, em Lisboa.

Joaquim Evangelista, de 54 anos, recandidatou-se pela quinta vez à presidência do organismo, que lidera há 17 anos, depois de ter sido cooptado para render António Carraça em maio de 2004, quando este assumiu funções diretivas no Benfica.

“Há um marco histórico, que é o Campus do Jogador, um equipamento desportivo multidisciplinar e único no universo dos sindicatos. Haverá um antes e um depois dessa infraestrutura. Além de ser uma referência para o jogador, queremos que promova uma relação efetiva deste com a comunidade e que a educação seja uma realidade”, notou.

Localizada em Odivelas, a estrutura ainda aguarda pela inauguração oficial, atrasada devido à pandemia de covid-19, mas já está a funcionar e direciona o foco numa “visão integral do jogador”, que “não se resume aos atropelos de natureza jurídico-laboral”.

“Nesse espaço teremos o futebol feminino, o futebol de praia, o futsal e uma escolinha dedicada à transmissão de valores, que vai integrar ex-atletas como formadores para garantir que os atuais jogadores sejam profissionais completos, cumpram obrigações, tenham mecanismos de controlo financeiro ou salvaguardem a saúde”, concluiu.

Além de Joaquim Evangelista, o nono presidente da história do Sindicato, a lista “Pelo jogador. Pelo futebol” reúne os atletas Pizzi (Benfica) e Tarantini (Rio Ave), ambos da I Liga, e os ex-internacionais portugueses José Carlos e Carla Couto na estrutura diretiva.

João Nogueira da Rocha permanece à frente da MAG no quadriénio 2021-2025, com Rui Patrício (Wolverhampton, Inglaterra) e o ex-internacional Ricardo, tal como João Meira (Cova da Piedade) no Conselho Fiscal, além de João Mário (Sporting) e Beto (Farense).

Joaquim Evangelista encarou uma inédita oposição da candidatura “De Jogadores para Jogadores”, liderada por Ibraim Cassamá, atleta do Real Massamá, do Campeonato de Portugal, e Ana Filipa Lopes, conhecida por Tita, do Condeixa, da Liga feminina.

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