O Club Carlos A. Manucci vai deixar de pagar os salários ao plantel principal, alegando o estado de emergência no país, devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje o clube que disputa a Liga peruana de futebol.

Em comunicado, o emblema de Trujillo revelou ter negociado com os jogadores e com o sindicato de futebolistas do país uma redução salarial, devido à "situação financeira fragilizada" em que se encontra, mas que "lamentavelmente, a proposta foi rejeitada".

Desta forma, o Carlos Manucci, 14.º colocado do campeonato, após seis jornadas, informou que vai deixar de pagar os salários aos futebolistas até 30 dias depois de terminar a emergência de saúde pública no Perú.

O clube tirou partido de um mecanismo criado pelo governo peruano, que permite que os empregadores deixem de pagar aos empregados durante 90 dias, enquanto durar uma emergência de saúde pública, sendo que, nesse período, os trabalhadores afetados passam a receber um subsídio do Estado.

O governo do Perú proibiu reuniões e manifestações de massas até 2021, de forma a travar a propagação do novo coronavírus, que já matou 445 pessoas no país. Contudo, o executivo peruano deixou em aberto a possibilidade de se retomar, à porta fechada, o campeonato de futebol, que está suspenso desde o mês passado.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 172.500 mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.