Depois do jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos frente ao Al Hilal, o Sepahan não atira a toalha ao chão. A equipa orientada por José Morais chegou ao intervalo em vantagem e só a expulsão de Mohammad Daneshgar, aos 76’ minutos, acabou com o equilíbrio que até então se revelava dentro das quatro linhas. A formação saudita aproveitou a superioridade numérica e lançou-se para a vitória final, por 3-1, mas nem isso retira ambição ao conjunto iraniano.

“O importante é focar naquilo que pode ser feito. O que fizemos no passado de bem ou menos bem não determina aquilo que podemos fazer no futuro. Dessa forma, há que focar no presente e ir a jogo”, começou por dizer José Morais, em declarações à MDA Now, a sua assessoria de imprensa, admitindo que espera “um belo espetáculo” diante da turma de Jorge Jesus: “Um grande jogo motiva muita gente e disputar grandes jogos faz parte do dia a dia dos melhores. Uma equipa que ganha consecutivamente é, sem dúvida alguma, uma grande equipa e proporciona sempre um belo jogo", começou por dizer o técnico em declarações à sua assessoria de comunicação.

A missão é extremamente complicada especialmente devido ao poder financeiro e mais valia desportiva do adversário, reconhece José Morais. "O Sepahan e o Al Hilal são dois grandes clubes, mas são clubes diferentes. Eu treinei o Al Hilal, fui campeão, o poderio financeiro é importante, mas mais importante é a gestão do próprio poderio financeiro que permite construir uma equipa poderosa. É isso que eu entendo que faz a diferença. É necessário saber utilizar o poderio financeiro que se tem e o Al Hilal tem essa capacidade. Por isso, é considerado o melhor clube da Ásia. A equipa do Sepahan, no Irão, está à procura de uma gestão de qualidade para construir uma equipa poderosa, mas sem o poderio financeiro do Al Hilal. Mas não é só o poderio financeiro que determina o sucesso das equipas", atirou.

Ainda assim, o técnico do Sepahan não se mostra menos ambicioso. "Como equipa, e eu enquanto treinador, temos sempre o objetivo de fazer o melhor possível e o melhor possível é ganhar, mas naturalmente não estamos ainda no ponto em que podemos dizer que somos candidatos a vencer esta competição, tendo em conta os investimentos que estão a ser feitos por outros clubes árabes, a organização que clubes do Japão e Coreia do Sul demonstram... Isso faz-nos pensar que ainda há um caminho a fazer para crescermos o suficiente para um dia podermos dizer que vamos entrar na Liga dos Campeões da Ásia com as mesmas possibilidades de sucesso que equipas como, por exemplo, o Al Hilal têm", sublinhou acrescentando. "Neste momento ainda não é possível, mas podemos sempre sonhar. Não há impossíveis, daremos o nosso melhor, mas temos consciência que são realidades distintas", disse.

Sepahan e Al Hilal discutem o passaporte para os quartos-de-final da Champions Asiática esta quinta-feira, dia 22, às 18h00, no Prince Faisal bin Fahd Stadium, casa dos sauditas.