Tal como os grandes atletas de alta-competição física exigem equipamentos de qualidade, capazes de melhorar a sua performance e conforto nos diferentes desportos, também os ciberatletas começam a manifestar-se perante as condições pouco favoráveis que muitas vezes se encontram. Ter um computador topo de gama, que custa milhares de euros, e respetivos periféricos é uma dor de cabeça para muitos clubes que não têm os patrocínios necessários para aceder gratuitamente aos equipamentos. Mas os jogadores afirmam que só assim conseguirão extrair todo o seu potencial e tornarem-se mais competitivos.

Um profissional, que joga durante horas seguidas por dia para treinar, ter um equipamento que otimize a sua eficiência, e acima de tudo, protege os utilizadores de “mazelas” no corpo é cada vez mais importante, e tem sido uma exigência de quem assina um novo contrato por uma equipa. É o caso do testemunho de Harsha Bandi, assistente de treinador da equipa Titans de Vancouver, dedicada à Liga Overwatch, que referiu à Motherboard como um teclado mecânico é crucial nos eSports, devido às diferenças de reação de milissegundos. É referido que, quando se compete contra os melhores jogadores do mundo em torneios com prémios monetários, todas as variáveis contam.

O profissional continua a referir que ter um rato leve, uma cadeira ergonómica e monitores de alta resolução têm impacto direto na performance dos jogadores. Foi dado o exemplo do jogador profissional Turner “Tfue” Tenney, que investiu 20 mil dólares no seu setup, conseguindo obter o máximo de eficiência no que diz respeito a baixa latência e aumento de frames por segundo.

Mas os treinadores e jogadores têm apoio do departamento médico ligado aos eSports, que sugere outro equipamento, que à primeira vez parece insignificante, mas é importante para os atletas de competição. Nomeadamente pesos para desenvolver rotinas ao nível dos pulsos e adesivos esponjosos médicos para aliviar dores nos pulsos e costas.

São detalhes que muitas vezes ditam a diferença entre vencer ou não os torneios, numa altura em que o mercado dos eSports foi avaliado em 915,30 milhões de dólares em 2018, projetando-se um valor de 2,97 mil milhões de dólares em 2025, segundo a Verified Market Research, via Cision.

A recente final mundial de Fortnite, realizada este fim-de-semana em Nova Iorque, tem vindo a chamar a atenção do fenómeno dos eSports, no que diz respeito aos prémios monetários, nomeadamente os 30 milhões de prize pool e os 3 milhões de dólares que o jovem de 16 anos recebeu pela vitória em Solos.