No último fim-de-semana decorreu a primeira jornada da Worten Game Ring Liga Portuguesa de Counter-Strike, correspondente ao Grupo A da competição. A Baecon e a Vodafone Giants tiveram um encontro acesso, com a primeira a vencer a partida, ainda que ambas tivessem passado aos play offs da competição.

No final da partida na Clickfiel Arena, em entrevista ao canal oficial da organização do torneio, a Inygon, o capitão da Vodafone Giants, Ricardo “Fox” Pacheco teceu comentários incendiários ao jogador Killdream, ex-companheiro de equipa, que alegadamente durante a partida o provocou. “Independentemente do Kill estar ali aos berros, a dizer o que estava a dizer, e a mulher dele, que se fosse a minha mulher estava a levar dois estalos por fazer aquelas figuras, na minha cabeça eles [Beacon] não tinham hipótese, porque os mapas que temos treinado sei perfeitamente que iriamos ganhar” declarou o jogador.

Fox continuou o raciocínio, referindo que esteve a ver os jogos seguintes e a “rezar para apanhá-los novamente”, voltando a reforçar que se fosse a sua mulher levava “dois estalos e ficava em casa”. “Há que haver respeito”, concluiu zangado pelos eventuais apupos que recebeu na partida.

O certo é que a atitude do jogador, visto como um exemplo pela comunidade de CS: GO, não foi bem vista pela sua própria organização que o suspendeu durante um mês. Antes disso, o jogador recatou-se e pediu desculpa pelo seu comportamento na sua conta do Twitter, não só à organização da equipa, como aos seus companheiros de competição e ao público presente, “ao público e aos meus seguidores que influencio”.

O jogador afirmou na sua mensagem que em 20 anos de carreira nunca tinha incentivado à violência, nem é a favor dos atos que cometeu, e nesse sentido, não tendo desculpa pelo sucedido, colocou-se à disposição para qualquer castigo que a sua equipa lhe viesse a colocar. “Esta infelicidade no Domingo, do qual me arrependo bastante, agora estou basicamente a aguardar pelo que o meu clube me vai fazer e punir, aceito com toda a responsabilidade a punição, o tempo que for preciso, mas quero que saibam que este não é o meu comportamento (…) foi um dia infeliz para mim”.

A suspensão do mês, sem direito a vencimento, avança a FragLider, impede o jogador de participar no qualificador ESEA Open, voltando apenas em março para disputar os play-offs da LPCS. Durante esse período, será o treinador da equipa, Vasco “vsk” Santos a substituí-lo nas partidas.

Apesar do pedido de desculpa, e do castigo avançado pela sua equipa, ainda falta a posição da própria organização da Liga Portuguesa de Counter-Strike que está a analisar o caso. O jogador ainda pode sofrer um castigo adicional pela organização, o que no extremo pode ficar impedido de participar nos próximos jogos da competição.

O SAPO Desporto Esports pediu declarações ao jogador, mas até ao fecho deste artigo não recebeu qualquer resposta.