Rui Costa marcou presença na inauguração da exposição, 'Um por todos e todos pelo estádio', que decorre no Museu Cosme Damião. Perante uma plateia com 90 convidados, o presidente do Benfica elogiou a 'mística' do clube encarnado.
"Quando penso na catedral sinto-me imensamente privilegiado, foi nas suas bancadas, quer do estádio quer dos pavilhões, que floresceu o amor que sinto hoje pelo Benfica, foi nos seus campos que aprendi a jogar futebol, foi naquele relvado maravilhoso de noites inesquecíveis rodeado por bancadas imponentes que tive a maior honra da minha vida, jogar ao mais alto nível de águia ao peito. A tão famosa mística já vinha de tempos anteriores, mas foi no Estádio da Luz que se corporizou e atingiu enorme expressão", disse o líder encarnado, parente uma plateia formada por várias antigas glórias do clube da Luz.
Eis o discurso de Rui Costa
"Evocar os feitos, enaltecer as figuras e divulgar a história de como o Benfica se elevou ao patamar dos maiores e melhores clubes do mundo é fundamental para que esse estatuto seja preservado e reforçado. Com paixão e entusiasmo pela causa benfiquista, mas com permanente respeito pelo nosso passado projetamos hoje o Benfica de amanhã, por isso o meu justo reconhecimento aos trabalhadores do Museu Cosme Damião e aos antigos jogadores que tantas alegrias e noites de glória nos deram no antigo estádio.
O trajeto centenário do nosso querido clube é simultaneamente motivo de redobrada responsabilidade e enorme orgulho. Um percurso recheado de glória fruto do empenho e da paixão de milhares de protagonistas e milhões de adeptos. Na história do desporto nacional não há episódio mais inspirador do que a notável mobilização associativa em torno da construção do antigo Estádio da Luz e que recinto formidável foi o Benfica capaz de inaugurar em 1954, ampliado poucos anos depois e voltar a expandir de forma decisiva já na década de 80, consagrando o verdadeiro inferno da Luz.
Quando penso na catedral sinto-me imensamente privilegiado, foi nas suas bancadas, quer do estádio quer dos pavilhões, que floresceu o amor que sinto hoje pelo Benfica, foi nos seus campos que aprendi a jogar futebol, foi naquele relvado maravilhoso de noites inesquecíveis rodeado por bancadas imponentes que tive a maior honra da minha vida, jogar ao mais alto nível de águia ao peito. A tão famosa mística já vinha de tempos anteriores, mas foi no Estádio da Luz que se corporizou e atingiu enorme expressão. Cabe-nos mais do que nunca preservar e alimentar essa mística porque assim estaremos sempre mais próximos de vencer e materializar o ideal benfiquista de ganhar, ganhar sempre.
A partir de hoje perpetuamos um local onde tantos sonhos começaram a ser cumpridos, e não apenas com a abertura desta exposição que invoca momentos únicos do nosso glorioso trajeto, mas igualmente com o assinalar exato da marca do meio-campo do Estádio da Luz, uma marca simbólica não muito distante da estátua do nosso rei Eusébio, repleta de memórias e que poderá agora ser vista por todos os benfiquistas.
Num momento em que estamos a aumentar a nossa casa para 70 mil lugares, num momento em que cumprimos 70 anos da inauguração do antigo Estádio da Luz, termino com a lição que esse momento histórico nos deixou: foram os benfiquisas, dos dirigentes aos adeptos, quem sob a divisa 'Et pluribus unum' tornaram possível a construção desse estádio e a concretização de um sonho perseguido há décadas pelo clube desde a sua formação em Belém. Os benfiquistas de então, juntos por um ideal, conseguiram o que muitos na altura diziam ser impossível de concretizar. Que nunca nos esqueçamos dessa força benfiquista, juntos, independentemente do modo como pensamos e vivemos o nosso clube, tornamos o Benfica imparável. Todos contam, todos contam, o benfiquismo é o maior ativo do Benfica. Viva o Benfica."
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