André Villa-Boas continua em ações de campanha para as eleições presidenciais do FC Porto e, desta vez, o evento decorreu em Esposende, onde o candidato discursou sobre os desafios que o esperam, caso saia vencedor do próximo ato eleitoral, marcado para o próximo dia 27 de abril.

"Vamos estar sob pressão, sobretudo pelo legado que nos é deixado por Pinto da Costa. Será fator de pressão, mas também de responsabilidade para convosco. Quero que exijam o máximo de mim.  Seja qual for o resultado no dia 27 de abril o FC Porto estará vivo de novo. Que este seja um novo acordar para o clube. O presidente deixa-nos um passado de vitórias sem igual, mas estruturalmente não existimos, em termos de gestão desaparecemos e é neste ponto que queremos ser inflexíveis antes que seja tarde demais", considerou.

Para Villas-Boas, as eleições serão uma mistura de "razão e emoção", esperando que prevaleça a razão para dar sustentabilidade ao futuro do FC. Porto. "Será uma decisão entre razão e emoção. Alguns mais vinculados à emoção, outros mais vinculados à razão e ao futuro. Alguns a umas ideias, outros a outras ideias. Temos um grande desafio pela frente relacionado com a sustentabilidade do clube. Nos últimos 12 anos arrastámo-nos para a ruína financeira, estamos numa situação limite. Conquistámos três campeonatos nos últimos sete, mas pagámos um preço elevado para os ter conquistados. Temos um conjunto enorme de fornecedores, agentes e clubes a quem devemos dinheiro, está nas mãos deles cobrar ao FC Porto a qualquer momento".

O candidato explicou ainda que não se candidatou em 2020 por estar vinculado ao Marselha, além de todas as condicionantes impostas pelo covid-19. Ainda assim, afirma estar pronto para a exigência do cargo e atgé falou sobre uma das bandeiras da campanha, que é a aposta no futebol feminino. "Sei bem que para o ano o sentido de exigência para com esta direção será o de conquistar o campeonato. Lutar pelo título é fundamental. Estamos a pensar lançar-nos já no próximo ano no futebol sénior feminino. Mas temos de perceber que qualidade poderemos ter no plantel porque as sub-17 jogam de forma diferente, é nove contra nove e com marcações diferentes. A ideia seria começar na 3ª divisão nacional", concluiu.