O britânico Lewis Hamilton (Mercedes) venceu hoje o Grande Prémio da Arábia Saudita, penúltima prova do Mundial de Fórmula 1, e apanhou o holandês Max Verstappen (Red Bull) no comando do campeonato a uma prova do final.

Numa corrida acidentada, interrompida duas vezes por bandeiras vermelhas, Hamilton fez a melhor escolha de pneus, concluindo as 50 voltas em 2:06.15,118 horas, deixando no segundo lugar o holandês Max Verstappen (Red Bull), a 11,825 segundos, com o finlandês Valtteri Bottas (Mercedes) em terceiro lugar, a 27,531 segundos do vencedor.

Esta foi a 103.ª vitória da carreira do britânico, oitava da temporada, menos uma do que Max Verstappen.

Os dois concorrentes ao título chegam à derradeira jornada do campeonato, a disputar no próximo domingo, em Abu Dhabi, com 369,5 pontos.

Neste momento, Verstappen está em vantagem pois tem mais uma vitória do que Hamilton, o principal fator de desempate.

Hoje, em Jeddah, numa pista que se estreou no campeonato e que admite poucos erros, assistiu-se a uma corrida atribulada e emotiva.

Saindo da ‘pole position’, Hamilton liderou as primeiras dez voltas, altura em que o despiste do alemão Mick Schumacher (Haas) contra as barreiras fez entrar o ‘safety car’. Vários pilotos, incluindo Hamilton, optaram por aproveitar e trocar de pneus.

Verstappen manteve-se em pista e herdou o primeiro lugar, até que a corrida foi mesmo interrompida pela primeira vez na volta 14, para restaurar as barreiras de segurança.

No reinício, já com pneus duros montados, Verstappen, que partia na frente, via Hamilton arrancar melhor e colocar-se ao seu lado na primeira curva.

Como tem sido habitual, o piloto da Red Bull não cedeu e acabou por ter de sair de pista para manter a posição, aproveitando o francês Esteban Ocon (Alpine) para conquistar o segundo lugar.

Enquanto isso, o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) tocou no Ferrari do monegasco Charles Leclerc e ficou de fora. O russo Nikita Mazepin (Haas), não se apercebeu da confusão e acertou em cheio na traseira do Williams do britânico George Russell, ficando os dois fora de prova e obrigando a nova amostragem de bandeiras vermelhas, para interromper a corrida pela segunda vez.

Verstappen perdia duas posições na nova grelha devido à manobra com Hamilton, partindo do terceiro lugar.

Já com pneus médios montados (Hamilton continuou com os duros), Verstappen arrancou melhor e saltou para o comando, deixando o britânico fechado atrás de Ocon, ainda que por pouco tempo.

Hamilton rapidamente se colou à traseira do Red Bull de Verstappen. Após mais três ‘safety cars’ virtuais devido a outros tantos incidentes em pista, Hamilton conseguiu finalmente tentar a ultrapassagem ao holandês na primeira curva da volta 37.

Verstappen voltou a sair fora de pista para defender a posição e, pouco depois, travou na frente de Hamilton para tentar devolver a posição ao britânico que, não percebendo, acabou por embater na traseira do Red Bull, danificando a asa dianteira do seu Mercedes.

Verstappen manteve a liderança, recebendo a indicação de que deveria deixar passar o britânico.

O holandês acedeu no final da volta, voltando ao primeiro lugar na travagem seguinte. No final da volta seguinte, voltaria a ceder a posição, mas desta vez foi Hamilton a empurrá-lo para fora de pista.

Enquanto isso, sofreu ainda uma penalização de cinco segundos.

“Neste momento, a Fórmula 1 tem mais a ver com penalizações do que com corridas”, disse, no final, Max Verstappen, admitindo ainda que os pneus “não aguentaram até final”.

Já Hamilton admitiu não ter percebido “o que aconteceu” quando o rival travou à sua frente.

Certo é que os dois mal se olharam na cerimónia de pódio.

Como Hamilton somou um ponto extra por ter feito a volta mais rápida da corrida, ambos chegam empatados à derradeira prova da temporada, algo que aconteceu apenas na temporada de 1974.

Também o Mundial de Construtores ainda não está decidido, mas, aí, a Mercedes tem 41 pontos de vantagem sobre a Red Bull.

Para isso muito contribuiu o esforço final de Valtteri Bottas, que bateu Esteban Ocon em cima do risco da meta.

O campeonato decide-se no próximo domingo, em Abu Dhabi, na 22.ª e última prova da temporada.

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