A federação húngara de natação vai investigar as acusações de assédio físico e psicológico visando Gyorgy Turi, um dos seus principais treinadores, que trabalhou com o seis vezes medalhado olímpico Laszlo Cseh, anunciou hoje o organismo em comunicado.

Um comité vai analisar as queixas contra Turi, técnico de vários nadadores húngaros de topo, incluindo Cseh, que somou seis medalhas olímpicas (quatro de prata e duas de bronze), 13 em Mundiais (duas de ouro, seis de prata e cinco de bronze) e 23 em Europeus (14 de ouro, quatro de prata e cinco de bronze).

“[Turi] declarou na reunião que cooperará com o comité em todos os aspetos e suspenderá voluntariamente as funções de vice-presidente técnico da federação e de diretor do comité de treino até que o inquérito esteja concluído”, indica o organismo na nota.

Laszlo Cseh, estrela da natação húngara que foi treinada por Turi entre 2014 e o fim da sua carreira, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, admitiu numa entrevista em outubro que os métodos de treino do técnico de 64 anos implicavam submeter os nadadores a um “terror psicológico”.

Após as revelações do agora ex-nadador, vários outros revelaram nos meios de comunicação húngaros que Turi os tinha submetido a assédio físico, tendo, nomeadamente, tirado da água pelos cabelos um deles e batido noutro.

Um nadador, sob anonimato, explicou numa entrevista que o técnico, conhecido pela alcunha de ‘czar’, comparava os atletas a porcos caso estes ganhassem peso.

Turi, que admitiu ter dado uma bofetada a um nadador e usar habitualmente um bastão nas sessões de treino, defendeu os seus métodos em entrevistas recentes.