O regresso de Marc Márquez (Honda), apesar da já anunciada ausência nas duas primeiras provas, e do Grande Prémio de Portugal marcam a edição de 2021 do Mundial de MotoGP, que arranca no fim de semana, no Qatar.

O espanhol, seis vezes campeão mundial, foi submetido a três intervenções cirúrgicas para debelar uma fratura do úmero do braço direito e já voltou a andar de mota, na semana passada, mas vai ficar fora da grelha das corridas de domingo e de 04 de abril, ambas no circuito de Losail.

A ausência do hexacampeão mundial em 2020 deixou o campeonato mais aberto, com nove vencedores diferentes nas 14 corridas realizadas, incluindo o português Miguel Oliveira (KTM), por duas vezes (Estíria e Portugal).

Já os efeitos da pandemia do novo coronavírus continuam a fazer-se sentir, obrigando ao ‘congelamento’ de duas provas, na Argentina e nos Estados Unidos, o que abriu porta ao regresso de Portugal ao Mundial, agora de forma efetiva e não como solução de recurso, como aconteceu no ano passado.

Depois de ter fechado o campeonato em 2020, o Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, acolhe, desta vez, a terceira ronda do campeonato, a primeira na Europa depois da jornada dupla no Qatar.

Substituído pelo alemão Stefan Bradl no arranque do campeonato, Marc Márquez - mais concretamente a sua forma física - é ainda uma incógnita, sobretudo na fase inicial da temporada, pelo que o favoritismo recai sobre o espanhol Joan Mir (Suzuki), campeão em 2020 com apenas uma vitória conquistada.

No entanto, a maioria das equipas dos construtores mudou o seu alinhamento, a começar pela KTM, que promoveu Miguel Oliveira, nono em 2020, da equipa satélite (Tech3) à formação principal (KTM Racing), ao lado do sul-africano Brad Binder, 11.º no ano passado.

A Honda deu um passo atrás e enviou o espanhol Álex Márquez (irmão de Marc) para a equipa satélite (LCR Honda), contratando o compatriota Pol Espargaró, que foi quinto ao comando de uma KTM.

Na Yamaha, o francês Fabio Quartararo assumiu o lugar de Valentino Rossi na equipa oficial, despromovendo o heptacampeão de MotoGP para a equipa satélite, a Petronas, que vai continuar a contar com o também italiano Franco Morbidelli, vice-campeão do mundo.

Quartararo, vencedor de três corridas no ano passado, vai fazer dupla com o espanhol Maverick Viñales.

A Ducati também tem ‘sangue novo’: os italianos Danilo Petrucci (mudou-se para a Tech3 da KTM) e Andrea Dovizioso (ficou sem lugar) deixaram a equipa e foram substituídos pelo australiano Jack Miller e pelo italiano Francesco Bagnaia.

A Suzuki, por seu lado, manteve os espanhóis Joan Mir, campeão em título, e Alex Rins, terceiro em 2020, e a Aprilia o espanhol Aleix Espargaró e o italiano Lorenzo Salvadori.

Mais de um ano após o início da crise pandémica, o calendário volta a ter o seu formato tradicional, com 21 provas agendadas, em 20 circuitos.

O Mundial de MotoGP arranca na sexta-feira, com duas sessões de treinos livres, no circuito de Losail, no Qatar.

No sábado, disputam-se mais duas sessões de treinos livres e a qualificação, estando a corrida reservada para domingo, sendo a única do campeonato disputada à noite.