Lewis Hamilton bem pode agradecer ao halo de proteção do seu monolugar por ter escapado com vida após o acidente com Max Verstappen. O piloto da Red Bull tentava ultrapssar o inglês e teve uma manobra que atirou os dois para fora da prova.

Na volta 26, Max teve de pisar os corretores mas acabou por chocar contra Lewis Hamilton. O seu carro caiu em cima do do britânico e só não foi pior porque todo o impacto da queda foi em cima do halo de proteção, introduzido na Fórmula 1 em 2018. Ainda assim, uma das rodas de Verstappen atingiu a cabeça de Hamilton.

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"Em dias como o de hoje, lembro-me da sorte que tenho. Demora um milissegundo a passar de corridas a uma situação muito assustadora. Hoje alguém deve ter estado a olhar por mim. O meu pescoço está um pouco dorido à medida que a adrenalina se desgasta. Foi uma pequena pancada na cabeça, por isso naturalmente tenho uma grande dor de cabeça, mas estou bem", escreveu o britânico nas redes sociais.

Ainda sobre o incidente, Lewis Hamilton mostrou-se surpreendido por Verstappen não ter ido verificar se estava bem.

"Vi o Max a sair e a passar por mim. Senti-me um pouco surpreendido porque, em última análise, penso que quando temos incidentes, a primeira coisa que queremos ter a certeza é que o tipo com quem colidimos, está bem. Mas o bom é que consegui sair e foi uma longa caminhada de regresso, mas vivemos para lutar mais um dia", atirou.

Toto Wolff, diretor-chefe da Mercedes, deixou rasgados elogios ao halo de proteção, que terá salvo a vida de Lewis Hamilton.

"O halo salvou a vida do Lewis [Hamilton] hoje. Teria sido um acidente horrível, que nem quero pensar, se não tivéssemos o halo", começou por dizer o chefe de equipa da Mercedes, em conferência de imprensa.

O acidente em slow motion

Na mesma conferência, Toto Wolf expressou o seu desejo de ver mais lutas entre Hamilton e Verstappen, mas de forma limpa.

"Ambos têm de dar espaço um ao outro, correr de forma intensa, mas evitando acidentes. Tem sido divertido até agora, mas vimos como o Halo salvou a vida do Lewis hoje. Não queremos chegar a um ponto em que teremos de intervir quando alguém se magoar a sério. Ou deixam espaço haverá mais acidentes. Mas eles sabem no carro o que estão a fazer e como estão a correr uns com os outros. Devemos estar atentos e esperamos não ter oito acidentes nas oito corridas restantes", avisou.

Antes da decisão dos comissários de corrida, Toto Wolf tinha comparado a atuação de Verstappen a uma falta tática no futebol

"Acho que já vimos isso no passado. Mas eu diria que, no futebol, eles chamam-lhe falta tática. Provavelmente sabia que se Lewis se mantivesse à frente, possivelmente seria a vitória na corrida", começou por dizer ao canal britânico SkySports.

"Verstappen não parece ao lado [de Hamilton na curva]. Ficou claro para o Max que aquilo iria acabar num acidente", atirou o hefe da equipa da escuderia alemã.

Já a Red Bull entende que foi um incidente de corrida.

"Estamos desapontados com a penalização de três lugares na grelha, mas aceitamos a decisão dos comissários. Sentimos que o que aconteceu entre Max e Lewis foi um verdadeiro incidente de corrida", pode-se ler no Twitter da Red Bull.

Veja ou reveja o momento

O GP de Itália ficou ainda marcado pelo acidente entre o holandês Max Verstappen (Red Bull) e o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) na 26.ª volta, que terminou com o carro de Verstappen parcialmente sobreposto ao Mercedes de Hamilton, à saída da primeira ‘chicane’.

O holandês, que vinha a tentar ultrapassar Hamilton, que reentrava em pista vindo das boxes, ficou a queixar-se de ter sido ‘apertado’ pelo campeão mundial, que referiu não saber como aconteceu o incidente.

Já na primeira volta tinha havido uma ‘troca de tinta’ entre os dois primeiros classificados do campeonato, mas aí foi Hamilton a queixar-se de ter sido encostado por Verstappen.

Depois de ouvidos os dois pilotos, representantes das equipas e revisto o vídeo do acidente, os comissários entenderam que Verstappen foi “o principal responsável” pelo acidente, que aconteceu na volta 26 do Grande Prémio de Itália, vencido pelo australiano Daniel Ricciardo (McLaren). O holandês foi penalizado com três lugares na grelha de partida da próxima corrida do Mundial de Fórmula 1 e vai cumprir esta penalização no Grande Prémio da Rússia, em Sochi, onde vai ser disputada a próxima corrida, a 15.ª do Mundial.