As mulheres transgénero vão deixar de poder competir em provas femininas de triatlo na Grã-Bretanha, tendo a partir do próximo ano de o fazer com homens numa nova categoria denominada “aberta”, anunciou hoje a federação.

“Só as mulheres de nascença” poderão participar nas categorias femininas, desde a elite até às bases, com 12 anos, especificou o organismo.

Assim, a categoria “aberta” vai juntar os homens e os triatletas transgénero e não-binários, ou seja, com identidades de género que não são estritamente masculinas ou femininas.

“Seria pretensioso da nossa parte dizer que não há um pouco de apreensão, mas acreditamos fortemente que estamos a fazer o que é certo e o melhor para o nosso desporto, não necessariamente o que é fácil ou popular”, justificou o diretor executivo da federação, Andy Salmon.

O dirigente assumiu que “algumas pessoas vão discordar da decisão”, contudo garantiu que a medida que entra em vigor em 01 de janeiro de 2023 é “legalmente sólida”.

Foi igualmente decidido que só atletas que tenham nascido mulheres vão poder representar o Reino Unido a nível internacional.

O triatlo é a primeira modalidade desportiva no Reino Unido a excluir as mulheres transgénero das suas competições femininas.

Em junto, a Federação Internacional de Natação (FINA) foi pioneira a nível internacional a estabelecer uma "categoria aberta".