Com o 'passaporte carimbado' para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, o canoísta português Fernando Pimenta traça como objetivo “atingir as finais” para depois sonhar com as medalhas e diz querer aproveitar as próximas provas para “ganhar ritmo”.

“Sem atingirmos as finais, não podemos estar a sonhar com mais nada e só depois, de termos carimbado a final, é que podemos ambicionar com a luta das medalhas”, afirma Fernando Pimenta, em entrevista à agência Lusa.

Apesar de não assumir o “rótulo” de favorito, o canoísta luso sublinha que “a ambição é sempre muita” para os Jogos Olímpicos, mas reafirma que, tal como em todas as competições, “o objetivo inicial é sempre conseguir atingir as finais”.

“Há um longo processo e trabalho. Até à Taça do Mundo falta um mês e meio e temos de manter o foco e a disciplina para conseguir melhorar o máximo possível para, depois, fazer um segundo momento de forma até aos Jogos Olímpicos”, realça.

Pimenta vai competir na Taça do Mundo, em maio, na Hungria, para “aferir como foi feita a preparação até esta fase” para, depois, em junho, participar no campeonato de Europa, na Alemanha, que será “mais para ganhar ritmo competitivo”.

O canoísta natural de Ponte de Lima concluiu um estágio de duas semanas em Avis, no distrito de Portalegre, realizado numa unidade hoteleira junto à albufeira da barragem do Maranhão, onde esteve acompanhado pelo treinador Hélio Lucas e outros atletas.

Devido à pandemia de covid-19, Pimenta, de 31 anos, admite que houve necessidade para fazer algumas adaptações, com a escolha de “locais mais isolados” para treinos e o reforço dos cuidados para “o afastamento social” dentro da comitiva.

“Ainda não tivemos nenhum caso de covid-19 dentro do nosso pequeno grupo”, o que “também é bom para não sermos afetados com isso”, adianta Fernando Pimenta, já medalhado com a prata em K2 1.000 metros, em Londres2012, com Emanuel Silva.

Mesmo sem casos de infeção na sua equipa, a pandemia acaba por prejudicar “sempre uma parte” da preparação, reconhece o limiano, até pela realização de menos competições.

“Fiz uma grande força [junto da federação internacional, para a realização de uma competição], porque seria muito importante para nós, atletas, demonstrarmos o nosso valor e aferirmos como estávamos”, frisa.

O cancelamento e adiamento sucessivo de provas deixou Pimenta “um pouco mais desanimado”, durante algumas semanas.

Depois, imperou o otimismo, pela responsabilidade de dar o “melhor todos os dias, mesmo que não houvesse competição”, para estar preparado assim que necessário.

Na mais recente prova em que competiu, em setembro de 2020, na Taça do Mundo de Szeged, na Hungria, Pimenta conquistou o ouro em K1 1.000 metros e K1 5.000, além da prata em 500 metros.

“É bastante tempo sem competir, mas também estamos a tentar treinar algumas vezes, de forma segura, com outras equipas”, como foi o caso de um estágio realizado em Sevilha (Espanha) com a equipa olímpica espanhola, assinala.

Também neste estágio em Avis, a preparação de Pimenta conta com outros dois canoístas da equipa portuguesa: Bruno Afonso e Marco Apura. “É bom para treinarmos e evoluirmos o mais possível”, sustenta.

O adiamento dos Jogos Olímpicos em 2020 também “quase adiava uma Margarida”, nome da filha do atleta, nascida em dezembro passado, mas “essa grande competição”, a de ser pai, já estava planeada e acabou por se concretizar.

Apesar das novas responsabilidades parentais, Fernando Pimenta garante que a preparação está a ser executada como estava previsto, para o que contribui o diálogo entre todos e a compreensão da família.

“É importante saber que estamos alinhados”, porque “até agosto tenho de ter as minhas noites tranquilas, como sempre, para poder recuperar o melhor possível”, remata.

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